Educação

Wanderlei lança o Profe Indígena e anuncia superintendência e diretoria específicas para a área

A educação indígena está presente em seis das 13 Superintendências Regionais de Educação (SREs).

Por Redação
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21/08/2024 08h55 - Atualizado há 4 horas
Entrega simbólica da Escola Estadual Indígena Pêpkro em Tocantinópolis, e da Escola Estadual Indígena Tamkak, também em Tocantinópolis, após reforma

Notícias do Tocantins - O Governo do Estado realizou o lançamento do Programa de Fortalecimento da Educação Indígena (Profe Indígena), na tarde desta terça-feira (20), em Palmas. O programa visa ao fortalecimento da qualidade do ensino para os indígenas de oito etnias do estado: Karajá, Xambioá, Javaé, Xerente, Krahô, Krahô Kanela, Apinajé e Avá-Canoeiro.

 Durante o evento, foram entregues simbolicamente duas escolas localizadas em Tocantinópolis. 

"É com grande satisfação que lançamos o Profe Indígena, uma iniciativa que reflete o nosso compromisso com a valorização e o respeito às culturas e tradições dos povos indígenas do Tocantins. Este programa representa um avanço significativo na qualidade da educação para oito etnias que compõem o nosso estado, garantindo que nossos estudantes indígenas recebam um ensino que respeite suas raízes e contribua para o seu desenvolvimento integral. A educação é a base para um futuro mais justo e igualitário, e com o Profe Indígena, estamos dando um passo firme nessa direção", destacou o governador Wanderlei Barbosa.

O secretário da Educação (Seduc), Fábio Vaz, enfatizou que o Profe é um programa que visa construir uma educação mais inclusiva e respeitosa. “O Profe Indígena, além de focar na qualidade do ensino, valoriza as particularidades culturais das etnias que compõem o Tocantins. Com a alfabetização bilíngue, o monitoramento contínuo das escolas indígenas e processos seletivos específicos, estamos construindo uma educação mais inclusiva e respeitosa. E, com o lançamento do 'F@la Indígena', abrimos um canal de diálogo direto com as comunidades, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e suas demandas atendidas”, disse Fábio Vaz.

Na ocasião, o governador anunciou a criação de uma superintendência de políticas e uma diretoria específica para a área indígena, dentro da Seduc. Com o time renovado, iniciou-se um cronograma de ações, monitoramento nas escolas, material próprio, material escolar para os alunos, processo seletivo realizado pelo Ministério Público Federal, pelo Conselho Estadual, pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e pelos órgãos responsáveis, buscando a qualidade do ensino.

Profe Indígena

A educação indígena no Tocantins está presente em seis das 13 Superintendências Regionais de Educação (SREs): Gurupi, Pedro Afonso, Miracema, Paraíso do Tocantins, Tocantinópolis e Araguaína, e abrange 96 escolas, 38 extensões, com 6.329 estudantes e 635 professores, que atendem oito povos indígenas do Estado.

O diretor de educação dos Povos Originários e Tradicionais, Amaré Brito, salientou que o programa tem como missão entregar educação nacional, mas também levar o conhecimento da tradição, da cultura e da linguagem indígena. “O programa tem ações diversas que buscam melhorar a política, desde a formação, a aquisição de material pedagógico, reforma, construção e ampliação de escolas indígenas. Que o nosso estudante possa receber uma educação escolar de qualidade. Assim, temos a missão de ensinar a educação nacional, mas também de levar às escolas o conhecimento da tradição, da cultura e da linguagem indígena”, finalizou Amaré Brito.

Durante o evento, foram apresentadas as diretrizes da nova política estadual de educação escolar indígena, que inclui a alfabetização bilíngue, monitoramento e acompanhamento das escolas indígenas, processos seletivos específicos para professores e diretores, além da construção de uma lista de obras prioritárias. Também foi lançado o F@la Indígena, um canal de comunicação direto com as comunidades indígenas, que permitirá o envio de sugestões, elogios e denúncias.

Comunidade Indígena

A professora Taís Pôcihtô Krahô ressaltou que o programa vem para valorizar os professores indígenas e fortalecer a cultura e o ensino-aprendizagem nas escolas indígenas. “O Profe para os professores indígenas é um programa de valorização e reconhecimento do trabalho, especialmente daqueles que atuam diariamente nas salas de aula. A iniciativa do Governo Estadual é um reconhecimento aos povos indígenas do Tocantins, cada um com sua cultura, língua, tradições e crenças. Atualmente, vemos que em muitos lugares a cultura indígena está se perdendo entre as nossas crianças, assim, com esse novo programa, veio para fortalecer a cultura e o ensino de aprendizagem no dia a dia”, destacou a professora.

Hoje, para todos nós é um momento de muita alegria, pois acreditamos que, por meio desse programa, teremos melhorias nas nossas escolas, tanto no ensino, como na estrutura, e que teremos acesso a uma qualidade de ensino melhor em todas as comunidades indígenas”, completou a aluna do primeiro ano do ensino médio Maria Eduarda Kayaru, da comunidade Krahô Kanela, localizada na Ilha do Bananal.

Entrega das Escolas

Wanderlei Barbosa também realizou a entrega simbólica da Escola Estadual Indígena Pêpkro, localizada em Tocantinópolis, que recebeu uma reforma com um investimento de R$ 412.695,29, e da Escola Estadual Indígena Tamkak, também em Tocantinópolis, com investimento de R$ 647.202,93 do Governo do Tocantins.

Afirmando seu compromisso com a educação indígena, o Governo do Tocantins investiu mais de R$ 10 milhões e atendeu 80 escolas durante os anos de 2022 a 2024

Governador Wanderlei Barbosa lança Programa de Fortalecimento da Educação Indígena

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