25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, também conhecido como Dia Nacional de Tereza de Benguela, é uma data crucial para reconhecer e celebrar a luta e as conquistas das mulheres negras na América Latina e no Caribe.

Instituído em 1992 durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, o dia ressalta a importância da resistência e da liderança feminina negra em um contexto histórico marcado pela discriminação e desigualdade.

A importância do 25 de julho

O dia internacional da mulher negra latino americana e caribenha é uma data que visa destacar as contribuições das mulheres negras na sociedade, além de promover a reflexão sobre a desigualdade racial e de gênero. Mulheres como Tereza de Benguela, uma líder quilombola que resistiu bravamente à escravidão no Brasil do século XVIII, simbolizam a força e a resiliência dessas mulheres.

Tereza de Benguela liderou o Quilombo do Piolho (ou Quariterê) por duas décadas após a morte de seu marido, tornando-se um ícone da resistência negra. Sob seu comando, a comunidade quilombola floresceu, com um sistema político organizado e defesa armada contra as investidas coloniais. Sua liderança e legado são celebrados no Brasil como símbolo de luta e emancipação.

Desafios contemporâneos

Apesar das conquistas, as mulheres negras ainda enfrentam desafios significativos. A discriminação racial e de gênero continua a impactar suas vidas de várias formas, desde o acesso desigual à educação e ao mercado de trabalho até a violência doméstica e institucional.

A desigualdade salarial é um exemplo claro dessa discriminação. Mulheres negras ganham menos do que homens brancos, homens negros e mulheres brancas. Além disso, a violência contra mulheres negras é alarmante. Segundo dados do Mapa da Violência 2015, as mulheres negras são as principais vítimas de homicídios no Brasil, evidenciando a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para combater essa realidade.

Movimentos e iniciativas

O dia internacional da mulher negra latino americana e caribenha também serve para destacar os movimentos e iniciativas que lutam pelos direitos das mulheres negras. Organizações como a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) e a Rede de Mulheres Negras do Brasil desempenham um papel vital na promoção da igualdade e na luta contra o racismo e o sexismo.

Essas organizações trabalham para aumentar a visibilidade das questões enfrentadas pelas mulheres negras, promovendo políticas públicas que garantam seus direitos e incentivando a participação política. Além disso, promovem eventos culturais e educativos para celebrar a herança e a identidade negra, fortalecendo a autoestima e a unidade entre as mulheres negras.

Reflexão e ação

O 25 de julho é uma data que nos convida a refletir sobre a história e as contribuições das mulheres negras, ao mesmo tempo em que nos chama à ação para combater a desigualdade e a discriminação. É um momento para reconhecer o passado, enfrentar os desafios presentes e trabalhar juntos por um futuro mais justo e igualitário.

Reconhecer o 25 de julho internacional da mulher negra latino americana e caribenha é essencial para honrar a resistência e as conquistas das mulheres negras. É um lembrete poderoso da necessidade contínua de lutar pela igualdade racial e de gênero, celebrando as histórias de liderança e resiliência que moldam nossa sociedade.

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Fonte: andes.org.br