Vaias ao Lula

Lula é vaiado durante cerimônia no Chile em meio a tensões políticas na Venezuela; vídeo

A visita de Lula ao Chile e as reações durante a cerimônia refletem as tensões políticas atuais e as divergências.

Por Nicole Almeida
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06/08/2024 09h31 - Atualizado há 5 horas
Lula é vaiado em cerimônia no Chile

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alvo de aplausos e vaias durante cerimônia no Chile na manhã desta segunda-feira (5.jul.2024). Ao ser anunciado pelo locutor, pessoas que assistiam à cerimônia nas imediações reagiram à passagem do petista, com mais vaias que aplausos.

O caso se deu na praça da Cidadania, onde Lula depositou flores junto ao monumento ao Libertador Bernardo O’Higgins.

Visita de estado

Lula chegou à praça da Cidadania às 10h40 (horário de Brasília), onde depositou flores junto ao monumento ao Libertador Bernardo O’Higgins. Em seguida, foi recebido pelo presidente do Chile, Gabriel Boric (Convergência Social, esquerda), e passou em revista às tropas chilenas. Os dois presidentes realizaram primeiro um encontro restrito e depois ampliaram a reunião com ministros e congressistas dos dois países.

Embora oficialmente o impasse eleitoral na Venezuela não estivesse na agenda oficial do encontro, o tema foi um dos principais pontos de discussão. Logo após a eleição venezuelana, Lula e Boric divergiram. Ambos cobraram a divulgação das atas das urnas eletrônicas do país vizinho depois que o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano declarou o presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) reeleito. A oposição contesta até o momento o resultado, alegando fraude e afirmando que Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita) é o verdadeiro vencedor do pleito.

Na época, Boric foi enfático ao dizer que não reconhecerá a vitória do líder chavista sem que os resultados possam ser verificados, inclusive por observadores internacionais. Disse ser “difícil de acreditar” no resultado. O embaixador chileno na Venezuela, Arévalo Méndez, foi expulso em 29 de julho por causa dos questionamentos de Boric.

Lula, por outro lado, minimizou a situação. Afirmou em 30 de julho que “não há nada de grave” ou de “anormal” no processo eleitoral do país vizinho. Declarou que cabe à Justiça decidir sobre o resultado e criticou a imprensa por tratar o caso como se fosse a “3ª Guerra Mundial”. Embora faça cobranças, a diplomacia brasileira adotou um tom de neutralidade para se colocar como mediadora do diálogo entre Maduro e a oposição.

Vídeo

Resumo sobre a visita de Lula ao Chile

A visita de Lula ao Chile e as reações durante a cerimônia refletem as tensões políticas atuais e as divergências entre os líderes da América Latina. A resposta mista do público à presença de Lula sublinha a polarização política que se estende além das fronteiras brasileiras. Ao continuar as discussões com Boric, Lula mantém sua postura de mediação e busca reforçar as relações diplomáticas, apesar das controvérsias eleitorais na região.

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