Presidente da Associação dos Funcionários da Prefeitura de Araguaína é alvo de investigação do MPE

Por Redação AF
Comentários (0)

09/05/2013 16h45 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <u><strong><span style="font-size: 14px;">Katiane Ferreira</span></strong></u><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Uma den&uacute;ncia aponta que o atual presidente da Associa&ccedil;&atilde;o de Funcion&aacute;rios da Prefeitura de Aragua&iacute;na (AFPA), Jo&atilde;o Bosco Silva Leite e a secret&aacute;ria, Wal&eacute;ria Oliveira, est&atilde;o sendo alvo de investiga&ccedil;&atilde;o do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Estadual (MPE) e da Pol&iacute;cia Civil por crimes de improbidade administrativa.<br /> <br /> De acordo com o Inqu&eacute;rito Policial, ambos s&atilde;o acusados por crimes previstos nos Artigos do C&oacute;digo Penal, 155, par&aacute;grafo 4&ordm;, Inciso II e IV [<strong><em>Furto Qualificado</em></strong>]; Art. 171 [<em><strong>Estelionato</strong></em>] e 168 [<strong><em>Apropria&ccedil;&atilde;o Ind&eacute;bita</em></strong>].<br /> <br /> <strong><u>Sobre a Associa&ccedil;&atilde;o</u></strong><br /> <br /> Conforme o estatuto da AFPA, a entidade j&aacute; possui 32 anos de exist&ecirc;ncia, n&atilde;o tem fins lucrativos e podem ser associados os funcion&aacute;rios do munic&iacute;pio de Aragua&iacute;na. De acordo com o relat&oacute;rio da den&uacute;ncia enviada ao MPE em abril de 2012, a AFPA mant&eacute;m conv&ecirc;nios com empresas da cidade, como supermercados, planos de sa&uacute;de, farm&aacute;cias e outros. Em 2011 beneficiava cerca de 744 associados, que s&atilde;o servidores do munic&iacute;pio, mas hoje s&atilde;o apenas 430. Estes, pagam mensalmente 1% de seus sal&aacute;rios-base &agrave; Associa&ccedil;&atilde;o e, em 2011 isso gerava uma receita de cerca de 10 mil reais mensais. Atrav&eacute;s de requisi&ccedil;&otilde;es fornecidas pela AFPA, os associados podem realizar compras limitadas de at&eacute; 30% de seu rendimento bruto, sendo que o valor &eacute; descontado na folha de pagamento.<br /> <br /> Jo&atilde;o Bosco Silva Leite, motorista concursado da prefeitura, est&aacute; na presid&ecirc;ncia da entidade desde maio de 2011. Como presidente, ele recebe o sal&aacute;rio de motorista, mas tem licen&ccedil;a para n&atilde;o executar as atividades do cargo, e fica respons&aacute;vel apenas pela administra&ccedil;&atilde;o da Associa&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> <u><strong>A den&uacute;ncia</strong></u><br /> <br /> Conforme o boletim de ocorr&ecirc;ncia registrado no dia 19 de dezembro de 2011 na 2&ordf; Delegacia de Pol&iacute;cia de Aragua&iacute;na, j&aacute; nos primeiros meses do mandato, associados constataram pr&aacute;ticas irregulares quanto aos valores significativos de compras que Jo&atilde;o Bosco efetuava em uma empresa conveniada.&nbsp; Ainda de acordo com o Boletim, o tesoureiro era orientado a retirar o valor das compras feitas pelo presidente na rela&ccedil;&atilde;o de descontos da folha de pagamento, que &eacute; enviada mensalmente ao setor de Recursos Humanos da prefeitura. Dessa forma, as compras do presidente n&atilde;o eram descontadas no sal&aacute;rio dele, e sim, pagas pelo dinheiro da Associa&ccedil;&atilde;o, que segundo o estatuto da mesma, tal pr&aacute;tica &eacute; ilegal.<br /> <br /> Al&eacute;m disso, de acordo com o Boletim, a secret&aacute;ria da AFPA Wal&eacute;ria Oliveira n&atilde;o &eacute; funcion&aacute;ria p&uacute;blica e nem filiada &agrave; associa&ccedil;&atilde;o, mas fez compras nos estabelecimentos comerciais conveniados fazendo uso de requisi&ccedil;&otilde;es da associa&ccedil;&atilde;o. Ainda conforme o Boletim e os documentos que a reportagem teve acesso, o nome da secret&aacute;ria consta no relat&oacute;rio de compras de tr&ecirc;s empresas em Aragua&iacute;na, sendo uma no ramo de supermercados, outra do ramo de perfumaria e outra no segmento farmac&ecirc;utico.&nbsp;<br /> <br /> Conforme o documento da pol&iacute;cia, ao tomar conhecimento da causa, o Conselho da associa&ccedil;&atilde;o decidiu pelo afastamento tempor&aacute;rio do presidente em outubro de 2011, para que pudessem apurar os ind&iacute;cios de irregularidades. No entanto, conforme a den&uacute;ncia, Jo&atilde;o Bosco n&atilde;o acatou a decis&atilde;o e ainda recolheu computadores e pastas contendo documentos dos filiados da associa&ccedil;&atilde;o no dia 14 de outubro de 2011, alegando que por ser presidente poderia lev&aacute;-los. No documento consta que dois dias depois, ele retornou com os documentos e firmou um acordo com a procuradora do Munic&iacute;pio da &eacute;poca, que o solicitou todos os relat&oacute;rios da Associa&ccedil;&atilde;o, mas at&eacute; o dia em que o Boletim de Ocorr&ecirc;ncia foi protocolado, em 19 de dezembro de 2011, ele n&atilde;o havia entregue.<br /> <br /> Al&eacute;m disso, conforme um denunciante, &ldquo;diante de tantos mandos e desmandos, o n&uacute;mero de filiados caiu de 744 em abril de 2011 para 430 em abril de 2013&rdquo;.<br /> <br /> <u><strong>Defesa do acusado</strong></u><br /> <br /> De acordo com a defesa de Jo&atilde;o Bosco protocolada no dia 09 de fevereiro deste ano na 6&ordf; Promotoria do MP de Aragua&iacute;na, encaminhada ao promotor Alzemiro de Freitas, as acusa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o infundadas. Nos documentos encaminhados ao MP, est&aacute; o relat&oacute;rio de presta&ccedil;&atilde;o de contas da entidade referente aos anos de 2011 e 2012, que ser&atilde;o analisados pelo &oacute;rg&atilde;o. No conte&uacute;do, constam c&oacute;pias de cheques e recibos com as suspeitas de irregularidades.<br /> <br /> <em>(Mat&eacute;ria publicada orginalmente no Jornal Aragua&iacute;na News)</em></span></div>
ASSUNTOS

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.