<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size: 14px;">A Secretaria de Trabalho e Ação Social reuniu representantes de entidades sociais, instituições públicas e religiosas e debateu propostas de solução para pessoas em situação de rua em Araguaína. O município buscou apoio para implantar políticas públicas de intervenção social de auxílio aos moradores.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Ficaram definidas algumas ações que envolvem parcerias com o sistema de segurança pública, criação de leis que respaldem ações imediatas do poder público e busca de recursos junto ao Governo Federal.</span><br /> <br /> <u><strong><span style="font-size: 14px;">Realidade de Araguaína</span></strong></u><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">De acordo com a secretária Cleomar Ribeiro, há pelo menos 40 pessoas “morando” nas ruas da cidade, segundo um levantamento provisório da pasta. <em>“Nossos assistentes sociais estão em todas as partes da cidade para reunir o máximo de informações sobre este público. Mas a resistência deles tem sido grande e não podemos forçá-los a falar conosco”</em>, explica a secretária. O uso de álcool e drogas, em alguns casos, dificulta o contato com os moradores. Estas pessoas vêm de várias regiões do país como Pará, Maranhão, Piauí, Goiás e até São Paulo, Ceará e Minas Gerais.<br /> <br /> Segundo a secretaria, os principais pontos de concentração de pessoas em situação de rua são a Praça das Nações, Feirinha e Rodoviária.</span><br /> <br /> <u><strong><span style="font-size: 14px;">Centro POP</span></strong></u><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua é um programa do Ministério do Desenvolvimento Social para dar oportunidades, autonomia e convívio grupal para os moradores. Atualmente, o Centro POP atende somente municípios com mais de 200 mil habitantes. <em>“Mas nós vamos elaborar uma proposta baseada na nossa realidade e pleitear junto o governo federal uma adaptação deste programa para Araguaína”</em>, explicou Núbia Marinho, secretária executiva de Trabalho e Ação Social.<br /> <br /> O centro será um substituto à Casa Reviver, criada para dar alimentação e abrigo para os moradores de rua e que funcionou durante um ano e três meses. <em>“Queremos que o atendimento a este público seja mais eficiente, por isso vamos implantar este sistema diferente, que não dê apenas o básico, mas que ofereça oportunidades”</em>, afirmou a secretária.</span><br /> <br /> <u><strong><span style="font-size: 14px;">Ronda e Vigilância</span></strong></u><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Outro ponto acordado entre os participantes foi a criação de uma ronda social em parceria com o sistema de segurança pública. <em>“Precisamos que as autoridades fiquem atentas aos pontos estratégicos da cidade para que outros municípios não deixem moradores de rua aqui</em>”, revela Cleomar. A Central de Vigilância também seria implantada para garantir a comunicação entre todas as entidades envolvidas e auxiliar os serviços da segurança pública.</span><br /> <br /> <u><strong><span style="font-size: 14px;">Internação Compulsória</span></strong></u><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Durante os levantamentos feitos pela secretaria, verificou-se que em alguns casos é preciso uma intervenção imediata do poder público mediante ação da justiça. <em>“Há pessoas totalmente dependentes das drogas e se recusam a ser ajudadas pelas assistentes”</em>, completa Núbia. Com o apoio da Câmara de Vereadores, o município criaria uma Lei de Internação Compulsória com a devida orientação do judiciário.</span><br /> <br /> <u><strong><span style="font-size: 14px;">Causas</span></strong></u><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">De acordo com um levantamento nacional, apresentado pela secretaria, as principais razões que levam pessoas a saírem de casa para viver nas ruas são o uso de drogas, problemas familiares e desemprego. <em>“Aqui em Araguaína nós temos um outro agravante. Estamos às margens de uma rodovia federal e muitas pessoas acabam ficando por aqui para buscar oportunidades”</em>, lembra Adilson Bonfim, presidente da ONG Associação de Preservação e Desenvolvimento Sócio-Ambiental do Tocantins – APA. Segundo Adilson, o número de moradores pode ser bem maior do que o levantado. <em>“Em alguns trabalhos realizados pela nossa ONG, chegamos a distribuir mais de 100 marmitex em apenas uma noite para estas pessoas”</em>, pontua.</span></div>