<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> Após as denúncias publicadas no <strong><em>AF Notícias</em></strong> de que o Frigorífico Assocarne, em Araguaína, estaria funcionando em condições precárias de higiene, a Agência de Defesa Agropecuária (ADAPEC) notificou a Associação para cumprir em 10 dias as adequações estruturais e de equipamentos que ainda faltam ser concluídas.<br /> <br /> A ação ocorreu nesta quarta-feira, 15, em Araguaína, região Norte do Estado. O descumprimento da determinação implicará na interdição parcial ou total do estabelecimento.<br /> <br /> Durante a vistoria foi observado, entre outros, que a mesa para inspeção das vísceras e o Departamento de Inspeção Final (DIF) não atendem a legislação pertinente, além da falta de esterilizador para facas e serras.“São ajustes necessários que devem ser cumpridos para garantir o processamento adequado dos produtos”, disse a responsável pela Divisão de Carnes e Derivados do Serviço de Inspeção da Adapec, Joina Teles.<br /> <br /> O frigorífico abate mensalmente 1,8 mil cabeças de gado que são fornecidas ao comércio local.“Vamos fazer o possível para terminar nossa reforma e colocar tudo conforme as exigências. Já cumprimos a instalação da câmara fria e investimos em maquinários. Sentimos que a população aprovou as mudanças, afinal nós saímos ganhado e eles também”, declarou o presidente do Assocarne, José Nilton de Oliveira.<br /> <br /> <u><strong>Higiene precária</strong></u></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Em reportagem o <em><strong>AF Notícias</strong></em> mostrou que apenas 29 itens foram cumpridos pelo Frigorífico Assocarne, dentre os 50 firmados no Termo de Ajustamento de Conduta assinado em 2011.<br /> <br /> Segundo informações, dentre os 21 que não foram concluídos alguns são de grande importância para garantir a qualidade dos produtos.<br /> <br /> A Associação deixou de providenciar a reforma do piso onde deveria ser feito o encanamento de esgoto das pias, esterilizadores e continuação da canaleta para escoamento do sangue. Também não houve adequação das mesas de evisceração, com sistemas de separação de vísceras por animal e dispositivo para higienização e esterilização da mesma.<br /> <br /> O Frigorifico não adquiriu tanques inox para colocar os mocotós, evitando que fiquem diretamente no chão. O TAC previa ainda instalação de pia com torneira com acionamento não manual com respectivo encanamento do esgoto da pia existente, o que não ocorreu.<br /> <br /> O Frigorífico devia ainda fazer a cobertura na expedição e acoplar o acesso ao caminhão diretamente no portão de expedição, instalando espumas revestidas de lona apropriadas, além de definir local para a preparação dos miúdos (seção) organizando fluxo de produção, embalagem, resfriamento ou congelamento e expedição.<br /> <br /> Também não foi providenciado o devido fechamento por paredes revestidas com azulejo e piso com material apropriado, provido de ralos sifonados, além de colocar lixeiras com tampa acionadas a pedal.<br /> <br /> Os técnicos consideraram ainda que a higienização e organização do Frigorífico não atende às normas legais. O Frigorífico também não atendeu o item que previa a disponibilização de bandejas de material adequado para transporte dos miúdos, os quais permitiriam uma perfeita higienização.</span></div>