Funcionários da Clínica São Francisco já cumprem aviso prévio e unidade deve fechar as portas nos próximos dias
Por Redação AF
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27/05/2013 16h34 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> A única clínica para tratamento de pessoas com transtornos psiquiátricos da região de Araguaína deve fechar as portas nos próximos dias. De acordo com informações repassadas ao <em><strong>AF Notícias</strong></em>, todos os funcionários da Clínica de Repouso São Francisco, cerca de 70, estão cumprindo aviso prévio desde o dia 6 de maio em virtude de a unidade estar passando por graves problemas financeiros.<br /> <br /> Conforme a fonte, os repasses federais oriundos do Ministério da Saúde através do Sistema Único de Saúde (SUS) são atualmente repassados à Secretária Estadual de Saúde (Sesau), mas não estão chegando à Clínica. “O valor que o SUS paga por paciente é muito baixo. A Clínica já havia solicitado um reajuste, mas foi negado”, disse.<br /> <br /> Com os problemas financeiros, segundo informações, a direção da unidade também já iniciou um processo de altas coletivas aos pacientes. Segundo a fonte, nem mesmo os atendimentos particulares serão mantidos. Com isso, o Governo será obrigado a custear os tratamentos dos pacientes inclusive em outros Estados.<br /> <br /> Conforme os relatos, alguns dos pacientes da unidade estão sendo transferidos para o Hospital Regional de Araguaína (HRA) e outros já estão soltos nas ruas da cidade.<br /> <br /> Segundo o Ministério Público Federal, a Clínica atende 140 pacientes e o atraso no repasses do SUS se arrasta há 6 meses, comprometendo o pagamento dos médicos, funcionários, manutenção do prédio e alimentação dos pacientes.<br /> <br /> Em fevereiro, os Ministérios Públicos Estadual e Federal se reuniram com representantes da Clínica São Francisco e das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde para encontrarem uma solução e impedir o fechamento da unidade. <br /> <br /> Ainda na reunião, o Diretor técnico da clínica, Luiz Carlos Oliveira afirmou que estava há quatro meses sem receber e alertou para um colapso futuro no atendimento. Na época, o representante da Secretaria Estadual de Saúde disse que não havia previsão de aumento na contrapartida atualmente oferecida à Clínica.</span></div>