<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> Após a reunião de ontem (25) com representantes dos Sindicatos dos servidores públicos municipais da educação, saúde e quadro geral de Araguaína (Sintet, SISEPAR e SIMPEF), o Secretário de Educação, Jocirley de Oliveira, falou à imprensa sobre o andamento das negociações e os problemas financeiros que estão dificultando a definição do índice de correção salarial (data-base).<br /> <br /> Dentre os pontos reivindicados pelas categorias está a aprovação do Plano de Carreira do Administrativo, o aumento de duas letras no PCCR da Educação e o pagamento da data-base no percentual de 10%.<br /> <br /> Segundo Oliveira, a reunião foi específica para apresentar a realidade financeira do município aos Sindicatos. <em>“Foi apresentada essa realidade pelo secretário da Fazenda detalhando todo o cenário de despesas e investimentos na educação, e também as receitas. No final chegou-se numa conclusão: neste momento, dia 25 de junho, ainda não é possível divulgar um indicador para a data-base”</em>, explicou.<br /> <br /> O secretário ressaltou que apesar de tudo, outros direitos estão sendo garantidos aos servidores. <em>“Hoje ficou garantida a mudança de classe para 190 professores e de nível para 220. Nada foi tirado do servidor”</em>, assegurou.<br /> <br /> <strong><u>Plano de Carreira do Administrativo</u></strong><br /> <br /> Oliveira ainda destacou que em menos de seis meses a atual gestão já está finalizando o Plano de Carreira do Administrativo. <em>“Estamos na fase final da elaboração do Plano que foi construído por toda equipe com a participação do Sindicato, Secretaria e dos servidores do administrativo. Nós estamos na fase do estudo de impacto financeiro”</em>, afirmou.<br /> <br /> <u><strong>Recursos e despesas</strong></u><br /> <br /> Segundo o secretário, o principal empecilho para definir o percentual de reajuste é a falta de orçamento. Atualmente, só na Secretaria de Educação, os gastos com folha de pagamento, incluindo os encargos, gira em torno de 5 milhões e 250 mil reais por mês. Cerca de 3 milhões e 300 mil desta despesa é custeada com o repasse integral do FUNDEB. <em>“Então há um buraco muito grande entre as receitas e as despesas. Quem está mantendo essa diferença é o tesouro municipal”</em>, afirmou.<br /> <br /> <u><strong>Definições</strong></u><br /> <br /> O secretário de Educação informou ainda que pediu um prazo ao sindicato para que seja realizada uma análise da situação financeira do município e que, em 1° de agosto, o prefeito se reunirá com as entidades para discutir o indicador da data-base. <em>“O município não tem dotação orçamentária para conceder o pagamento agora. Seria irresponsável afirmar que concederia. Concedemos as progressões do plano de cargos e carreiras e isso gerou um impacto de R$ 300 mil na folha. Agora, é preciso tempo para analisar as possibilidades para que as outras exigências sejam atendidas”</em>, afirmou.<br /> <br /> Conforme o secretário, neste mês de julho a prefeitura buscará alternativas financeiras para a situação. <em>“Não temos condições financeiras e os sindicatos sabem disso. Portanto, não adianta forçar uma situação. Estamos com o limite prudencial da folha estourado, e não há previsão do Governo Federal aumentar o FUNDEB, pelo contrário, nos meses de junho, julho e agosto teremos uma redução de 17%. É uma situação bastante delicada e não há interesse em prejudicar o servidor, mas temos que trabalhar dentro da Lei Responsabilidade Fiscal”</em>, justificou.<br /> <br /> <strong><u>Greve</u></strong><br /> <br /> <em>“Queremos que os servidores repensem sua prática, reflitam sobre a situação. Está comprovado que não há recursos. Eu penso que é um momento de discursão, de construção. A greve não é o momento, jamais será o momento enquanto não se encerrarem as discursões. Teremos o mês de julho para estudar essa situação. Acredito que por menor que seja o indicador existe a possibilidade de ser concedida a data-base. Mas quem vai divulgar isso é o prefeito. A Secretaria de Educação gerencia, articula, mobiliza e orienta, mais não decide sozinho o indicador”, </em>finalizou Oliveira.</span></div>