Corruptos devem aproveitar visita do papa para 'confessar' pecados
Por Redação AF
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19/07/2013 17h21 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Arnaldo Filho</strong></u><br /> <em>AF Notícias</em><br /> <br /> A corrupção é uma praga. Muitos a condenam até terem a oportunidade de se beneficiarem diretamente dela. Os próprios políticos reconhecem esse poder ‘conquistador’ da corrupção e sabem que estão inseridos nela.<br /> <br /> A fala do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ao sugerir que os políticos e autoridades brasileiras deveriam aproveitar a vinda do papa Francisco para confessarem seus pecados, é muito válida. Mas creio eu que uma eternidade seria insuficiente para o papa ouvir todas as confissões.<br /> <br /> Já o Brasil seria um paraíso caso os políticos cumprissem a penitência. Teríamos ‘santos políticos’! De outro modo, o próprio papa estaria sendo penitenciado [e pagando pecados que não cometeu] ao receber as confissões dos políticos brasileiros. <br /> <br /> Coerentemente Eduardo Paes lembra que o papa não pode ser culpado pela corrupção e pelo mau funcionamento das instituições no país. Para o prefeito, o momento é de estimular os corruptos a "não pecarem".<br /> <br /> O prefeito é bastante otimista quando diz “não pecarem”. Eu, neste caso, faria um pedido bem menos ousado; gostaria que eles “pecassem menos” e não se deixassem “seduzir pelas tentações do dinheiro público”. Talvez assim o rombo anual da corrupção deixasse de ser tão expressivo [R$ 84 bilhões] e menos impactante na vida dos milhares de brasileiros que tanto pagam, mas tão pouco recebem.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Havendo a confissão, e os políticos tocantinenses entrassem na fila, só assim alguém saberia explicar como um Governo consegue a façanha de demitir servidores enquanto a folha de pagamento cresce 35,3%, e aumentar a arrecadação em 30% enquanto os investimentos caem 50,8%.<br /> <br /> Muito mais do que isso, o santo padre prestaria um grande favor à sociedade se fizesse a encomendação das almas de todos os “servidores fantasmas” que tanto assustam os cofres públicos.</span></div>