<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> As denúncias sobre a possível instalação de uma indústria de multas em Araguaína estiveram no centro dos debates esta semana. Vários vereadores de oposição, e alguns da base aliada, levantaram suspeitas principalmente em relação às empresas vencedoras da licitação dos radares eletrônicos, que estariam envolvidas em escândalos nacionais de corrupção no trânsito.<br /> <br /> Agora, o líder do prefeito na Câmara, Luzimar Coelho, e o presidente da Agência Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), Gustavo Fidalgo, saíram em defesa das mudanças promovidas pelo prefeito Ronaldo Dimas no trânsito e refutaram a existência de uma possível "indústria de multas".<br /> <br /> <strong><u>Indústria de multas</u></strong><br /> <br /> Para vereador Luzimar Coelho, as mudanças no trânsito da cidade não pegaram a população de surpresa, tendo em vista que todo o centro passou por recuperação da pavimentação asfáltica, recebeu sinalização horizontal e vertical e, antes que a fiscalização eletrônica entrasse em operação, houve ampla divulgação nos meios de comunicação. “<em>Há também placas indicativas da velocidade máxima em todas as ruas e avenidas em que foram implantados os radares”,</em> acrescentou. <br /> <br /> O parlamentar ressaltou ainda que os resultados dessas mudanças já são perceptíveis com a redução de quase 47% dos acidentes de trânsito, segundo dados divulgados pelo próprio Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). <em>“Além disso, desafogou o trânsito no centro da cidade, trouxe mais segurança a condutores e pedestres e, acima de tudo, organização no que antes era muito caótico. Isso não representa nenhuma indústria de multa”</em>, ressaltou o vereador, destacando que “toda mudança traz questionamentos ao romper com um ciclo e o condutor que dirige respeitando as normas de trânsito não precisa se preocupar, pois as mudanças são para melhor”.<br /> <br /> <strong><u>"Pardais não multam o cidadão de bem"</u></strong><br /> <br /> Já o presidente da AMTT, Gustavo Fidalgo, disse que não "vê indústria de multa". <em>"Os pardais não multam o cidadão de bem. Vai penalizar os infratores. É uma forma de educar o condutor a respeitar o código de transito”</em>, afirmou.<br /> <br /> O presidente da Agência disse ainda que as empresas contratadas são remuneradas com um valor fixo, sendo irrelevante a quantidade de autuações. Para Fidalgo, as críticas são "incabíveis e infundadas". <em>"Queremos é uma cidade mais segura”,</em> acrescentou.<br /> <br /> Cinco pontos de radares fixos estão instalados em Araguaína, nas avenidas Neblina, Flor de Liz, Santos Dumont e Cônego João Lima, além de um radar móvel. O custo dos equipamentos fixos fica em torno de R$ 55 mil mensais. Já o móvel custa cerca de R$ 12 mil.<br /> <br /> <u><strong>Empresas envolvidas em denúncias</strong></u><br /> <br /> Segundo os vereadores, as empresas Penavídeo e Perkons, que venceram a licitação em Araguaína, estariam envolvidas em várias denúncias de corrupção no Brasil.<br /> <br /> Para o presidente da AMTT, essas empresas "podem estar envolvidas em denúncias, mas até o momento não resultaram em nada". <em>"O poder público federal contrata com as empresas, atuam em Palmas, Brasília e em outras cidades. Elas não estão cadastradas no rol de empresas inidôneas”</em>, disse Gustavo Fidalgo.<br /> <br /> <strong><u>Quantidade de multas e radar atrás da árvore</u></strong><br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/radar.jpg" style="width: 320px; height: 200px; border-width: 0px; border-style: solid; margin-left: 5px; margin-right: 5px; float: right;" />Questionado sobre o número de multas já aplicadas, Gustavo Fidalgo informou que o relatório só é emitido a cada três meses. “<em>Não fechou o trimestre. Mas um levantamento preliminar aponta algo em torno de 3 mil imagens, mas são suscetíveis de serem aproveitadas ou não”</em>, esclareceu.<br /> <br /> A velocidade máxima permitida na Avenida Cônego João Lima, de 40 km/h, também está sendo alvo de críticas. Segundo a AMTT, essa velocidade foi estabelecida por “questões de segurança do pedestre". <em>"A Cônego tem fluxo de pessoas muito grande e naquele ponto onde foi instalado o radar é o local de maior número de acidentes, segundo a Policia Militar”</em>, afirmou.<br /> <br /> Sobre o radar que está atrás de uma árvore, dificultando a visualização dos condutores, o presidente da AMTT se comprometeu a mudá-lo de local. "<em>Vamos colocar no canteiro central da via. O intuito não é perseguir as pessoas, mas fazer com que obedeçam ao regramento de trânsito”</em>, disse.<br /> <br /> Em relação às placas de advertência da fiscalização eletrônica, Gustavo disse que a legislação não prevê sua obrigatoriedade. <em>"Só é obrigatório colocar a placa de velocidade da via. Não é preciso identificar que existe fiscalização eletrônica. Mas nós optamos por colocar as placas grandes, bem visíveis, para não pegar o condutor desprevenido”,</em> finalizou.</span>