Criminalidade

Araguaína alcança mais de 40 dias sem nenhum homicídio; equipe da 2ª DHPP comemora

A Divisão Especializada que investiga esse tipo de crime foi criada há três anos.

Por Redação 649
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30/09/2020 09h18 - Atualizado há 3 anos
Equipe da 2ª DHPP de Araguaína

Araguaína alcançou no último sábado (26) a marca de 40 dias sem registrar nenhum homicídio, segundo dados da 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DHPP). O recorde foi comemorado pela equipe, que há três anos vem investigando os crimes contra a vida na cidade.

Araguaína tem 183.381 habitantes, segundo a estimativa mais recente divulgada pelo IBGE.

Criada inicialmente como Delegacia de Homicídios, a DHPP foi elevada em 2019 à condição de Divisão (Decreto 5.979/2019) e está vinculada à Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).

Antes da criação da DHPP, em Araguaína, as investigações de crimes contra a vida eram realizadas por várias delegacias, a depender da área onde o crime havia ocorrido. No entanto, devido ao crescimento constante da capital econômica do Tocantins, a cidade necessitava de uma unidade especializada que pudesse lidar com as investigações de crimes contra a vida.

2ª DHPP em números

Desde a implantação da 2ª DHPP o número de homicídios vem caindo em Araguaína. Em 2017 foram registrados 107 casos de homicídios consumados. Em 2018, caiu para 71, uma queda de 33% nesse tipo de crime. Queda também em 2019, com 62 registros.

Por meio das investigações, a DHPP também conseguiu mapear os locais de maior incidência de crimes praticados contra a vida e constatou que a esmagadora maioria das mortes são de homens na faixa etária de 18 a 28 anos de idade em virtude de envolvimento com álcool, tráfico de drogas e também com facções criminosas Dos 71 homicídios ocorridos na cidade em 2018, 68 eram homens e apenas três eram mulheres.

Casos solucionados

Considerando apenas os casos iniciados pela 2ª DHPP, desde a sua criação, entre julho de 2017 a dezembro de 2019, foram realizados 229 indiciamentos, sendo 46% deles pelo crime de homicídio consumado.

Apesar de tratar-se de uma investigação complexa e que demanda tempo, os crimes de homicídios praticados em Araguaína e investigados pela 2ª DHPP possuem uma taxa de resolução de resolução de quase 32.5%, média muito superior a nacional que é de 8%. Já os casos de homicídios na forma tentada, o índice de resolução da 2ª DHPP sobe para 49.5%, infinitamente maior que a média nacional para esse tipo de crime. Dezenas de casos de homicídios ainda estão em aberto, sendo investigados.

RECORDE HISTÓRICO

Para o delegado-chefe da 2ª DHPP, Guilherme Coutinho Torres, quarenta dias sem registra um único caso de homicídio na cidade de Araguaína é motivo de muita satisfação e orgulho para a Polícia Civil do Tocantins.

“É um marco histórico desde a criação da Unidade Especializada e que merece ser celebrado, porque significa que nenhum cidadão de Araguaína teve sua vida e seus planos interrompidos”, frisou o delegado.

Para ele, isso demonstra que o trabalho tem sido bem feito e que resulta em uma cidade mais segura e agradável para se viver. “Essa marca simbólica mostra que a Polícia Civil do Tocantins está empenhada em cumprir com sua missão institucional de investigar e solucionar os crimes e apresentar os resultados para a sociedade”.

O delegado adjunto Adriano de Aguiar Carvalho disse que as ações realizadas pela 2ª DHPP contribuíram em muito para que o período de quarenta dias sem homicídios pudesse ser alcançado.

“Quarenta dias sem homicídio em Araguaína é um recorde que merece comemoração, principalmente sob o ponto de vista das vidas salvas em nossa cidade. Além disso, a diminuição da violência traz maior sensação de segurança ao cidadão. Isso é fruto de muito trabalho, sobretudo da 2ª DHPP, que nos últimos três anos têm combatido diariamente os homicídios em Araguaína, prendendo líderes e membros de facções criminosas e apresentando-os à Justiça. Esperamos que, com o fim da impunidade, possamos manter, ou até superar, longos períodos de paz em nossa cidade”, finalizou.

Gráfico mostra a queda de mortes violentas ano a ano na cidade

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