O companheiro mantinha relacionamento com outra mulher, que não podia ter filhos.
A araguainense Gislene Sousa, de 40 anos, foi encontrada morta na última quinta-feira (16) na zona rural da cidade de Lagoa da Prata, Estado de Minas Gerais. A mulher estava desaparecida desde o dia 2 de dezembro de 2019.
Segundo a Polícia Civil, o corpo estava enterrado em uma vala de um metro de profundidade, com uma cobertura de cimento por cima. Ela deixou uma filha de apenas 3 meses de vida.
Conforme as investigações, o companheiro da vítima Jorge Assis e a ex-mulher dele são os principais suspeitos da morte. O corpo só foi localizado após cumprimento de mandados de prisão temporária contra o casal.
SUPOSTA MOTIVAÇÃO
Irmã da vítima, Leilane Sousa revelou que o casal preso sempre quis ter filhos e usou Gislene Sousa para ser a barriga de aluguel, sem que ela soubesse.
“Eles se conheceram há um tempo pela internet e a ex dele morava do lado da casa dos dois. Mas minha irmã disse que os dois estavam bem, que ela havia engravidado e que a ex do companheiro estava ajudando. Fizeram o chá de fralda e até uma amiga da família dele, disse para minha irmã que Jorge era ótima pessoa. Porém, a bebê nasceu e ele só esperou o resguardo, depois disso começou a bater, espancar e maltratar ela”, disse.
A irmã contou que Gislene chegou a ir morar com a mãe em Araguari, porém o companheiro pediu que ela voltasse. Segundo Leilane, Jorge acreditava que ninguém sentiria a falta de sua irmã, pelo fato dela morar distante da família.
"Ele forjou ligações dela, como se fosse um amante. Disse para a minha mãe que ela tinha ido embora com um caminhoneiro e que tinha deixado a bebê com a ex dele em um bar e falava que não sabia mais dela, mas na verdade ele a mantinha em cativeiro, porque a outra mulher não podia ter filhos e para eles, ela seria a barriga de aluguel", finalizou
A bebê de três meses está com a mãe de Gislene em Araguari (MG).