Em Gurupi

Homem é preso por integrar grupo que faturou R$ 32 milhões com falsificação de alvarás judiciais

Suspeito foi preso em Gurupi durante a 2ª fase da operação.

Por Redação 569
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19/06/2024 10h33 - Atualizado há 3 semanas
Homem preso em Gurupi, suspeito de participar de quadrilha.

Notícias do Tocantins -  A 2ª fase da operação 'Alvará Criminoso', deflagrada na manhã desta quarta-feira (19/6), desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudes e lavagem de dinheiro.

A ação, realizada pela Polícia Civil de Goiás em cooperação com as Polícias Civis do Tocantins, Bahia, Maranhão, Pará e Rio de Janeiro, cumpriu 68 mandados judiciais, sendo 33 mandados de prisão. 

No Tocantins, a Diretoria de Inteligência Policial e a 8ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Deic - Gurupi) cumpriram mandado de busca e apreensão e de prisão temporária contra um homem de 43 anos que mora em Gurupi. Ele foi preso no setor Central e será encaminhado para a Unidade Prisional de Gurupi após seu interrogatório. A polícia apreendeu um aparelho celular com o suspeito.

O Poder Judiciário também determinou o sequestro de bens no valor de aproximadamente R$ 32 milhões.  A ação foi apoiada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI/SENASP) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), através do Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB).

Como funcionava 

As investigações, que duraram quase dois anos, apontaram que a organização criminosa causou um prejuízo de quase R$ 32 milhões aos cofres públicos e atuava obtendo alvarás judiciais de forma fraudulenta. Advogados acessavam o sistema do Tribunal de Justiça e assinavam documentos como se fossem juízes, falsificando alvarás judiciais que permitiam o saque de valores de contas judiciais.

Depois, com os falsos alvarás em mãos, os criminosos sacavam valores de contas bancárias e repassavam para laranjas. O dinheiro ilícito era lavado através de diversas transações financeiras complexas, com o objetivo de ocultar a origem dos recursos.

Integração 

As investigações continuam em andamento para identificar outros membros da organização e recuperar o máximo possível do dinheiro ilícito obtido por meio fraudulento.

As Polícias Civis e o Ministério da Justiça e Segurança Pública reiteram seu compromisso no combate à criminalidade e à lavagem de dinheiro, reforçando que a integração torna as polícias ainda mais fortes e sem barreiras de atuação no combate ao crime organizado.

Além de Gurupi, o cumprimento dos mandados ocorreu em cinco municípios do Estado de Goiás (Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Anápolis, Anicuns e Rio Verde), bem como nas cidades de Pinheiro (MA), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Tucumã (PA).

Legislação 

No Brasil, a pena para quem pratica os crimes de Estelionato contra a Administração Pública, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, é de reclusão, respectivamente, de 1 a 5 anos e multa, com aumento de pena de um terço (art. 171, §3º, do Código Penal), de 3 a 8 anos e multa (art. 2, da lei 12.850/13) e de 3 a 10 anos e multa (art. 1º da lei 9.613/1998).

As penas dos 14 crimes de estelionatos contra a administração pública consumados e dos 11 tentados, somados aos crimes de organização criminosa e lavagem de capitais, podem chegar a quase 100 anos de prisão.

Operação Alvará Criminoso – 2ª fase

O nome faz referência ao tipo de fraude investigada, por meio da qual a organização criminosa falsificava alvarás judiciais dentro do sistema de processo eletrônico do Poder Judiciário, para, posteriormente, sacar de contas bancárias judiciais.

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