Foi indiciado

Jovem de Alagoas finge ser empresário e pratica sextorsão após enganar mulher no Tocantins

Ele passou a chantagear a vítima e a exigir fotos e vídeos íntimos.

Por Redação
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01/04/2023 08h18 - Atualizado há 1 ano
Jovem foi identificado e indiciado pela Polícia Civil

A 13ª Delegacia de Polícia Civil de Augustinópolis (TO) finalizou, nesta sexta-feira (31), as investigações envolvendo um caso de tentativa de “sextorsão”, ou seja, extorsão com a finalidade de obter vantagens de cunho sexual.

O trabalho policial resultou no indiciamento de um jovem de 25 anos que reside no Estado de Alagoas pela prática dos crimes de falsa identidade (consumado), estupro simples (tentado) e divulgação de cena de nudez sem consentimento da vítima (consumado), em continuidade delitiva.

De acordo com as investigações, a vítima procurou a Polícia Civil informando que um homem com quem teve um relacionamento superficial em uma rede social teria passado a constrangê-la, mediante grave ameaça, e a gravar vídeos íntimos, sob pena de divulgar as fotografias anteriormente encaminhadas.

Identificação e modo de agir

Após uma minuciosa investigação, a Polícia Civil conseguiu identificar o jovem que reside em Maceió (AL). Ele se passava por um empresário, utilizando uma identidade falsa nas redes sociais. Com essa manobra, ele teria conseguido enganar a vítima.

“Após conseguir as fotografias íntimas, passou a exigir que outros vídeos íntimos fossem gravados e encaminhados, e caso não fosse atendido, realizaria ampla divulgação dessas fotografias”, explicou o delegado Jacson Wutke, responsável pelo caso. Inclusive, durante as ameaças, teria encaminhado essas fotografias para outras pessoas.

Durante a realização do inquérito policial, a Polícia Civil conseguiu reunir fortes indícios, ficando claro que o investigado era contumaz na prática do que se convencionou denominar “catfishing”.

Nesse tipo de modalidade criminosa, os criminosos criam diversos perfis falsos na internet para enganar outros usuários. Após conquistar a confiança, aplicam golpes, passam a extorquir dinheiro, vazam fotos íntimas, roubam dados pessoais e bancários.

"O senso comum costuma ver a internet como ‘terra de ninguém’. Não é nem nunca foi. Muito embora a legislação vigente não tenha acompanhado a contento a evolução da sociedade, principalmente em âmbito virtual, existem leis que, sejam gerais ou específicas, são inteiramente aplicáveis a esses delitos praticados na internet”, destacou o delegado Jacson Wutke.

A autoridade policial ainda frisou que “não há espaço para impunidade", ainda que muitos, principalmente os criminosos, possuam essa falsa impressão de que estão sob o manto do anonimato absoluto.

"A Polícia Civil do Tocantins é extremamente preparada, com policiais dedicados à solução dos mais diversos crimes. Estaremos sempre prontos para cumprir a nossa missão, independente da dificuldade ou complexidade das investigações”, enfatizou.

Além do indiciamento, a Polícia Civil do Tocantins busca, junto à Justiça, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão contra o autor, especialmente a proibição absoluta de acesso à internet por qualquer meio, incluindo redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas.

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