Taguatinga (TO)

Marido e sobrinho são presos por assassinato de mulher com mata-leão e pedaço de madeira

Um dos suspeitos também possui passagens pela polícia por estupro e furto.

Por Redação
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18/12/2023 15h22 - Atualizado há 4 meses
Corpo estava dentro de uma poça de água barrenta

Dois homens, de 22 e 55 anos, investigados por feminicídio, foram indiciados e presos pela Polícia Civil do Tocantins durante uma ação realizada pela 103ª Delegacia de Taguatinga, na manhã desta segunda-feira (18), no sudeste do Estado.

O delegado-chefe da 103ª DP e responsável pelo caso, Lucas de Oliveira Rodrigues, explicou que a investigação sobre o caso teve início no último dia 4 de dezembro, com o encontro de um cadáver de uma mulher. O corpo estava parcialmente submerso em águas pluviais e barrentas, de modo que apenas o nariz, boca, tórax e mãos eram visíveis, fato ocorrido na zona rural do município. De imediato, o local foi isolado e a vítima de 54 anos, identificada.

“Próximo ao cadáver foram encontradas uma xícara azul, um par de chinelos femininos, cor bege, um relógio de pulso com pulseira danificada, objetos que ajudaram a entender a dinâmica do evento”, frisou a autoridade policial.

O investigado, de 55 anos, era companheiro da vítima, já o segundo, de 22 anos, era tratado como sobrinho, e morava na casa há aproximadamente um mês. “As investigações da Polícia Civil revelaram ainda que a vítima foi morta em razão de um desentendimento acerca do possível furto de um aparelho de telefone celular, cuja autoria ela atribuía ao seu sobrinho”, pontuou o delegado Lucas.

Conforme o apurado, a vítima foi morta com um golpe de pedaço de madeira desferido na região do pescoço, seguido de uma imobilização denominada “mata-leão”, própria das artes marciais, onde o pescoço da vítima sofre pressão contínua.

“O fato investigado é mais um exemplo do ciclo de agressões existente na violência baseada no gênero. A dispensa do cadáver em uma barragem, construída para conter as águas da chuva, é indicativo do desprezo relegado à vítima pelos investigados”, pontuou o delegado.

Com a evolução das investigações, foi possível demonstrar a autoria e a dinâmica do crime, motivo pelo qual a Polícia Civil representou pelas prisões preventivas dos investigados, sendo que os mesmos foram capturados e recolhidos à Cadeia Pública de Taguatinga, onde permanecem à disposição do Poder Judiciário.

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