Ele disse que as armas são registradas e que história é fantasiosa.
Moradores da região de Almas, no sudeste do Tocantins, questionaram informações divulgadas pela Polícia Civil a respeito de uma operação deflagrada para coibir supostos conflitos agrários na zona rural do município.
A polícia informou que foram apreendidas quatro armas e muitas munições. Contudo, o dono do armamento procurou o AF Notícias para esclarecer que as armas são todas registradas e ele mesmo as entregou à polícia após tomar conhecimento do mandato de busca e apreensão.
"Essas armas são minhas. Eu mesmo procurei a polícia para entregá-las quando soube que havia um mandado de busca a apreensão em meu desfavor. Eu não devo nada. São todas registradas", explicou o homem, que atualmente mora em Palmas e pediu para não ser identificado.
Segundo ele, toda a história que resultou na operação policial é muito fantasiosa e nunca houve qualquer tipo de ameaça contra posseiros.
"O fato é o seguinte, dia 04/02 fui até a cidade de Almas fazer uma visita a uma amiga que sempre me visita aqui em Palmas. Todas as vezes que ela vinha aqui eu a levava ao clube [de tiro] que sou sócio. Nesse dia, eu fui visitá-la para irmos ao clube de Dianópolis, na ida paramos na DP para pegar com o delegado uma declaração dos inquéritos que ela registrou por ameaças que sofreu por parte dos posseiros que invadiram a fazenda dela para entregar na Polícia Federal a fim de imprimir o porte de arma”, explicou.
“Veja bem, ela já tinha conseguido o porte justamente por causa das ameaças sofridas. Contudo, a advogada dos posseiros chegou na DP enquanto estávamos lá, chamou o delegado e conversou com ele por alguns instantes. O delegado retornou para a sala e deu voz de prisão para ela por porte ilegal de arma, mesmo ela tendo a autorização. Daí ela pagou fiança, foi solta, inocentada e teve a arma devolvida. Depois registrou alguns B.Os contra esse delegado e foi até a Corregedoria da Polícia Civil, que o declarou sob suspeição”, acrescentou.
Conforme o relato, alguns dias depois desse episódio, o homem acompanhou sua amiga dentro da fazenda, pois a mesma estava com medo.
“Fomos até um posseiro e este foi bem receptível, até café fez para nós. Conversamos e até brincamos. Temos um vídeo que prova isso! Dias depois, o posseiro foi instruído a registrar um B.O informando que teríamos ameaçado ele de morte, ostentado armas com a tentativa de intimidá-lo. Daí foi que gerou essa busca e apreensão midiática”, esclareceu.
A reportagem teve acesso ao mencionado vídeo. As imagens mostram um momento de descontração. O homem relata que as imagens foram gravadas justamente por imaginar que poderia urgir esse tipo de denúncia maldosa.
“Sou uma pessoa de boa índole, não devo nada e tudo será esclarecido na Justiça”, finalizou.