Luzimangues

Mulher que mandou matar o marido para ficar com os bens é condenada a 14 anos de prisão

Casal estava em processo de separação; mulher queria todos os bens.

Por Redação 766
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09/08/2022 14h30 - Atualizado há 1 ano
Crime foi praticado por emboscada e motivo torpe, segundo MPTO

Acusada de encomendar a morte do marido, dona de casa Ismaurina Alves Rodrigues foi condenada a 14 anos e 6 meses de prisão, durante julgamento do Tribunal de Júri em Porto Nacional, nesta segunda-feira (8). O conselho de sentença acompanhou as teses do MPTO e considerou que o crime foi praticado por emboscada e motivo torpe. 

O crime ocorreu em Luzimangues, distrito de Porto Nacional, no dia 6 de dezembro de 2015, e teve grande repercussão na época. Ismaurina e o marido estavam em processo de separação e a morte teria sido encomendada para que ela pudesse ficar com os bens do marido. 

Em 2017, um dos acusados de executar a vítima foi absolvido pelo Tribunal de Júri,  outro, que seria o autor dos disparos, ainda aguarda julgamento.

Cláudio Roberto Xavier, conhecido como Cajá, foi alvejado por três tiros e morreu a caminho do hospital.

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que Ismaurina tinha mandado matar o marido. Os dois estavam se separando. O objetivo dela, segundo a polícia, era ficar com os bens do casal.

Na época, a Justiça determinou a prisão preventiva da suspeita. Após buscas, a polícia descobriu que ela estava escondida em uma chácara, a 100 km do local do crime. A mulher ainda tentou se esconder debaixo da cama.

Temporadas de Júris

Integrante do Núcleo do Tribunal do Júri (MPNujuri), o promotor de Justiça Breno Simonassi destacou que o julgamento de Ismaurina era um dos casos de repercussão  aguardado para  3ª e 4ª temporadas de Júris, iniciadas na última semana em Porto Nacional. Mais de 30 processos devem ser julgados até novembro. 

O Tribunal de Júri é o órgão do Poder Judiciário que tem a competência para julgar os crimes dolosos, ou intencionais, contra a vida.  No Brasil,  é considerado o instituto mais democrático dentro do Judiciário, já que é formado por cidadãos escolhidos aleatoriamente na população local.

Como os jurados são pessoas comuns, a promotoria e a defesa precisam utilizar discursos bem preparados para sustentar suas conclusões sobre cada caso. Para Simonassi, esta é a vitrine da atuação ministerial e, por isso mesmo, um desafio que requer preparação e dedicação. “O que só aumenta a nossa responsabilidade, como promotor de Justiça, de realizar um trabalho com toda a dedicação possível para que continue com os resultados positivos já alcançados”, pontuou.

(Daianne Fernandes - Ascom/MPTO)

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