'Átria'

Operação finaliza com prisão de 174 agressores de mulheres e 391 inquéritos abertos no Tocantins

Operação é articulada nacionalmente. No Tocantins, ocorreu de 27 de fevereiro a 28 de março.

Por Redação
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30/03/2023 15h58 - Atualizado há 1 ano
Prisão em Guaraí

A operação ‘Átria’, destinada ao combate a violência contra a mulher, foi encerrada no Tocantins nesta terça-feira (28/03) com a realização de 667 atendimentos a vítimas e ao menos 174 prisões.

Ao todo, 391 inquéritos foram instaurados para apurar casos de violência doméstica no estado. Além disso, foram expedidas 470 medidas protetivas de urgência, que é um mecanismo legal que visa proteger a integridade e a vida das mulheres em situação de risco. 

A operação é articulada nacionalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e Secretaria Nacional de Segurança Pública. 

Deflagrada no Tocantins no dia 27 de fevereiro, a operação contou com a parceria da Secretaria da Mulher, Secretaria dos Povos Originários e Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), o que permitiu levar as ações da ‘Átria’ para 129 municípios tocantinenses e aldeias indígenas. 

Prisão em Axixá

Para o secretário da Segurança Pública (SSP), Wlademir Costa, os números da ‘Átria’ demonstram que ações de combate à violência devem ser permanentes. “É bom vermos que conseguimos atender um grande número de pessoas, que, às vezes, estavam sofrendo em silêncio e sozinhas, mas agora sabem que podem contar com a Polícia Civil. Porém, os números mostram que a violência doméstica é uma realidade no Tocantins e isso requer da Segurança Pública um trabalho constante de enfrentamento a esse tipo de violência e é o que faremos”, destaca. 

À frente da operação no Tocantins, a diretora de Polícia do Interior, Ana Carolina Coelho, ressaltou o sucesso da ação. “Foi um trabalho intenso que envolveu não só as delegacias especializadas, mas todas as delegacias do estado, e de grande importância para que a população, em especial as mulheres, saiba que a Polícia Civil está atenta a essa questão da violência doméstica e tem atuado de maneira efetiva para mudar essa realidade. Com certeza, a operação foi um sucesso e nós esperamos que essas ações tenham trazido mais segurança para as tocantinenses”, ressalta. 

Arma e munições apreendidas em Bom Jesus

Municípios

Um dos 129 municípios coberto pela operação ‘Átria’ foi Araguaína, no norte do Tocantins. No decorrer da operação, as equipes da 3ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) concluiu e relatou 150 inquéritos policiais, os quais foram encaminhados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das providências legais cabíveis. 

A delegada regional Ana Maria Varjal destaca que o delito com maior número de indiciamentos foi o de lesão corporal (57 casos), seguido de ameaça (49) e descumprimento de medidas protetivas de urgência (28).

Durante a vigência da operação ‘Átria’, as equipes da 3ª DEAM instauraram 39 novas investigações, sendo que os principais crimes a serem apurados são injúria, lesão corporal e ameaça.

A operação 

A operação ‘Átria’ faz referência ao nome da principal estrela da constelação denominada ‘Triângulo Austral’, do hemisfério estelar sul, que possui coloração alaranjada – remete à retirada da mulher de uma situação de vulnerabilidade e a coloca em posição de estrela mais importante, devido ao papel fundamental que tem na estrutura familiar.

Canais de denúncia

As denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas através de vários canais no Tocantins. Um deles é a Delegacia Virtual da SSP por meio do link: (https://www2.ssp.to.gov.br/delegaciavirtual/). Além disso, a secretaria disponibiliza o aplicativo Salve Mulher, que pode ser baixado na loja do Google em celulares android. Por meio do aplicativo, é possível também solicitar medida protetiva. 

Já pelo telefone é possível pedir ajuda por meio do 180, que atende todo o território nacional e funciona diariamente, 24 horas por dia. E presencialmente, o atendimento pode ser feito nas delegacias de Polícia Civil do Tocantins, sendo que aos finais de semana e feriados, as denúncias devem ser feitas nas Centrais de Atendimentos da PC-TO. 

Central de Atendimento à Mulher 24 Horas (Palmas- Taquaralto) - (63) 3571-8354

1ª Central Palmas - (63) 3218-6870 / 3218-6875

2ª Central Palmas - (63) 3218-1893

3ª Central Araguatins - (63) 3474-1125

4ª Central Tocantinópolis - (63) 3471-1511

5ª Central Araguaína - (63)  3421-3467

6ª Central Colinas - (63)  3476-1738

7ª Central Guaraí - (63) 3464-1418 / 3464-1943

8ª Central Pedro Afonso - (63) 3466-2290

9ª Central Paraíso - (63) 3602-2209

10ª Central Miracema - (63) 3602-2209

11ª Central Porto Nacional - (63) 3363-1664

12ª  Central Gurupi - (63) 3312-4110

13ª Central Alvorada - (63) 3353 - 1862

14ª Central Dianópolis - (63) 3692 2480

15ª Central Arraias - (63) 3653-1905

Agentes durante operação

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