Uma ação deflagrada pela Polícia Civil do Tocantins, com apoio da Polícia Militar de Domingos Martins, no Espírito Santo, resultou na prisão de um homem de 28 anos no início da tarde desta sexta-feira (09).  

O preso era foragido da justiça do Tocantins pela prática dos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, fatos ocorridos na zona rural de Araguatins, na região do Bico do Papagaio, em 26 de novembro de 2017. A vítima trabalhava como caseiro na chácara do autor do crime.

De acordo com o delegado Eduardo Ferreira Nunes, responsável pelas investigações, o homem foi preso em um bar na cidade de Marechal Floriano. 

Ainda segundo a autoridade policial, a Polícia Civil do Tocantins continuava a investigar o crime desde a época dos fatos na tentativa de localizar o paradeiro do homem e, mediante compartilhamento de informações com a PM do Espírito Santo, foi constatado que o foragido estava na região do município de Domingos Martins, a mais de 2.550 km de distância de Araguatins.

O fato foi comunicado à PM local e a corporação iniciou as buscas até localizar o foragido.

O crime

Segundo apontaram as investigações, o crime teria sido cometido por motivo fútil após um desentendimento entre o autor e a vítima.

"Era uma tarde de domingo e a vítima e o autor, juntamente com outra pessoa, estavam ingerindo bebida alcoólica em um bar no povoado de Araguanópolis, zona rural de Araguatins, quando a vítima foi vista pela última vez", disse o delegado.

As investigações constataram que o crime foi cometido com o uso de um machado na residência da chácara onde o autor residia.

Uma segunda pessoa, um jovem 18 anos preso pouco tempo depois do fato, ajudou a ocultar o corpo da vítima, que foi encontrado pela Polícia Civil em uma cova rasa nas imediações da chácara.

Motivação 

Ainda conforme o delegado, o crime foi cometido porque o autor (dono da chácara) desconfiava que a vítima estaria desviando leite da propriedade e também teria sumido com uma vaca.

Inconformado, o homem teria desferido vários golpes de machado na vítima, que teve morte instantânea.

Fuga

Os policiais civis deram início às investigações logo após o crime e passaram 36 horas ininterruptas tentando capturar o autor, mas ele conseguiu fugir mesmo assim para o Espírito Santo.

"Trata-se de uma ação de grande importância, pois o crime foi perpetrado de forma cruel e covarde, sem que a vítima tivesse condições de se defender”, frisou o delegado.