Aprovados em concurso

Polícia Civil: 'Araguaína é a cidade que mais sofre com criminalidade e déficit policial'

Por Agnaldo Araujo
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27/05/2017 09h48 - Atualizado há 5 anos
Os aprovados no concurso da Polícia Civil do Estado do Tocantins recorreram à Assembleia Legislativa para que todos possam ser convocados. Apenas parte dos aprovados foram nomeados e os 261 remanescentes que não foram chamados continuam se mobilizando. A comissão dos aprovados já instalou outdoors salientando o aumento da criminalidade e o déficit de profissionais da área da Segurança Pública em diversas partes de Palmas. E nesta semana o grupo se reuniu com o deputado estadual Cleiton Cardoso na Assembleia para apresentar ao parlamentar um relatório com dados que revelam a importância da convocação imediata, por parte do governo estadual, do restante dos aprovados. De acordo com o Diário Oficial do Estado foram nomeados 53 delegados, 13 médicos legistas, 35 peritos, 63 escrivães, 44 agentes e 26 necrotomistas. Com isso, no caso específico dos aprovados para o cargo de perito criminal, por exemplo, sobra ainda 27 aprovados que já fizeram o curso de formação e estão aptos a somar no quadro efetivo da Polícia Civil, mas que ficaram de fora da primeira chamada. O objetivo dos candidatos agora é cobrar da Assembleia Legislativa um maior envolvimento na situação, para que assim, os deputados possam pressionar o governador Marcelo Miranda pela nomeação integral dos aprovados. Durante o encontro com Cleiton Cardoso, a comissão expôs o 'defasômetro' atual da Polícia Civil e destacou a preocupante situação que se encontra a cidade de Araguaína, um dos municípios que mais sofre com a ação de bandidos no Tocantins, e que recebeu, por exemplo, apenas um, dos dez peritos criminais previstos inicialmente para atuar na localidade. Mesmo após a convocação, segundo o relatório, toda a região norte do Estado ainda permanece bastante prejudicada. O percentual de necessidade atendida em Colinas e Tocantinópolis é de 0%, em Araguatins de 33,33% e de Guaraí 50%. Ainda que todos os nomeados sejam convocados para o cargo de perito criminal, a Polícia Civil ainda irá apresentar uma vacância de 18 profissionais, o que significa um déficit de 19,57% do quantitativo necessário para atender a população. "Conversamos com o deputado e ele nos prometeu que irá agendar uma reunião na Casa Civil e acompanhar a comissão nesta visita. O governador precisa entender que só a nomeação de todos os aprovados ajudará a sanar parte do problema, porque mesmo o governo convocando os aprovados que faltam o déficit ainda irá permanecer. A sociedade não aguenta mais sofrer as consequências da falta de policiais. Essa situação precisa ser resolvida com urgência", disse o candidato aprovado e integrante da comissão, Diêverson Reis.

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