Tocantins

PF investiga grupo de extermínio dentro da Polícia Civil; Justiça manda prender 5 agentes

5 mandados de de prisões preventivas foram cumpridos em operação.

Por Redação 3.578
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22/06/2022 15h41 - Atualizado há 1 ano
Cerca de 60 policiais federais participaram da ação

Policiais civis do Tocantins foram alvos de uma operação da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quarta-feira (22), por suspeita de integrarem um grupo de extermínio dentro da Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos de Palmas.

Cerca de 60 policiais federais cumpriram 10 mandados de busca e apreensão, 5 de prisões preventivas e 14 medidas cautelares diversas da prisão, dentre as quais a suspensão da função pública dos investigados.

Um dos mandados de busca foi cumprido na sede da Denarc em Palmas. Segundo as investigações, os policiais tinham um grupo de WhatsApp onde planejavam a morte de ex-presidiários e investigados por tráfico de drogas.

O grupo teria sido responsável por até 20 assassinatos praticados entre 2019 e 2020. A PF concluiu que a Denarc estava usando a estrutura do estado para grampos ilegais, plantar drogas falsas, servir o governo e fazer limpeza social com um “código penal próprio”.

Conforme a PF, 5 pessoas foram mortas com indícios de execução nos bairros de União Sul e Jardim Aureny I, em Palmas, no dia 27 de março de 2020. Durante o transcorrer das investigações, foi apurado que um grupo criminoso formado por policiais do estado monitorava a saída de pessoas que tinham deixado a prisão recentemente e as executavam de forma planejada.

A Polícia Federal chegou a pedir a prisão temporária de dois delegados, mas os pedidos foram negados. Tiveram a prisão preventiva decretada os agentes Antônio Martins Pereira Júnior, Carlos Augusto Pereira Alves, Antônio Mendes Dias, Callebe Pereira da Silva e Giomari dos Santos Júnior.

Os policiais presos vão ficar na Unidade Prisional de Segurança Máxima de Cariri do Tocantins, no sul do estado, em celas separadas e individuais.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou, em nota, que a Corregedoria-geral da Polícia Civil está acompanhando a operação e deve se manifestar em tempo oportuno.

O nome da operação - Caninana’ - faz referência a um tipo de serpente encontrada na fauna brasileira que se alimenta de animais menores da mesma espécie.

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