Investigação

Delegado conclui que policial penal disparou pelo menos 15 tiros ao matar PM do Pará

Outras quatro pessoas foram baleadas no tiroteio em Augustinópolis.

Por Redação 2.132
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20/04/2022 15h56 - Atualizado há 1 ano
Policial penal Leonildo Sousa Cruz está preso no Presídio Barra da Grota, em Araguaína

A Polícia Civil do Tocantins concluiu nesta quarta-feira (20/4) as investigações criminais referentes ao tiroteio ocorrido no dia último dia 10 de abril, em um quiosque de Augustinópolis, que resultou na morte do policial militar do Pará Hudson Thiago Lima de Almeida, de 33 anos, e deixou mais quatro pessoas baleadas.

O delegado-chefe da 12ª Delegacia, Jacson Wutke, apontou que um policial penal Leonildo Sousa Cruz, também do Pará, foi o responsável por efetuar os disparos de arma de fogo contra dois policiais militares durante evento festivo que ocorria no centro da cidade.

Conforme a polícia, as evidências colhidas durante o inquérito permitiram reconstruir a dinâmica dos fatos. Sendo assim foi possível observar que o policial penal foi o responsável por iniciar os disparos da arma de fogo após um atrito insignificante entre um familiar seu e o irmão de um dos militares

Durante a confusão, um dos policiais militares, após ter sido inicialmente alvejado, teria realizado pelo menos três disparos para o alto para dissipar os presentes e dissuadir o atirador. Já o policial Hudson Thiago foi alvejado no chão logo após ter alcançado a sua arma de fogo, não chegando a efetuar qualquer disparo.

“Pelas provas reunidas durante a investigação foi possível verificar que o policial penal, buscando ceifar a vida dos policiais militares, teria efetuado, pelo menos, 15 disparos com a sua arma funcional 9mm, sendo que a maioria dos tiros foram realizados a esmo, ou seja, à sua própria sorte, sem que o atirador tivesse uma mira definida do seu alvo”, afirmou delegado.

Em razão dos disparos realizados em meio ao tumulto generalizado, além dos dois policiais militares, outras três vítimas que não possuíam qualquer envolvimento com a contenda foram atingidas no momento em que tentavam se proteger.

No relatório conclusivo das investigações, o delegado Jacson Wutke indiciou o policial penal pela prática de um homicídio consumado duplamente qualificado (motivo fútil e perigo comum) com dolo direto em relação a um dos policiais militares.

Ele também foi indiciado por um homicídio tentado duplamente qualificado (motivo fútil e perigo comum) com dolo direto em relação ao segundo policial militar, além de três homicídios tentados duplamente qualificados (motivo fútil e perigo comum) com dolo eventual em relação às demais vítimas.

O policial penal teve a prisão preventiva decretada pelo Juiz da Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis e permanece recolhido na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG) de Araguaína (TO).

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