Roubo ocorreu dois dias após a morte do delegado em Belém (PA).
A Delegacia Especializada na Repressão a Roubos (DRR) concluiu o inquérito que apurava as circunstâncias do roubo de um veículo em Araguaína e indiciou o suspeito do crime, identificado como Mikael de Souza, de 24 anos.
O autor do roubo é um dos acusados pelo homicídio do delegado Aldeney Góes Alves, de 47 anos, que foi vítima de latrocínio quando encontrava-se em uma farmácia, na noite do dia 28 de outubro de 2022, em Belém (PA), onde passava férias.
“As investigações da DRR apontaram que após cometer o homicídio que vitimou o delegado Aldeney, em Belém, os dois suspeitos fugiram e chegaram a Araguaína em um ônibus, que foi abordado, sendo que Deyvide José Santos, conhecido como Jereba acabou sendo preso. No entanto, o segundo acusado, Mikael conseguiu fugir do cerco policial, e no dia 30, efetuou o roubo de um VW Voyage, na frente de uma residência no setor Araguaia”, explica o delegado Felipe Crivelaro.
Na ocasião, o indivíduo fingiu portar uma arma de fogo e abordou o proprietário do veículo. A vítima reagiu ao assalto e entrou em confronto físico com o autor, que mesmo assim conseguiu tomar o veículo e fugir.
“Perseguido pela vítima, com a ajuda de um vizinho, o assaltante acabou abandonando o carro roubado e tentou subtrair um Honda Civic para continuar a fuga, mas não obteve êxito e acabou desaparecendo”, relatou a autoridade policial.
Desse modo, logo após o fato, as equipes da DRR entraram no caso e, em pouco tempo, identificaram o autor como sendo Mikael de Souza, um dos autores do homicídio do delegado Aldeney Góes.
O criminoso é considerado de altíssima periculosidade e já se encontra preso na capital paraense, e agora foi indiciado pelo crime de roubo majorado, pela Polícia Civil do Tocantins.
Mikael de Souza foi preso pela Polícia Civil do Maranhão, no dia 4 de novembro de 2022, quando estava próximo a um posto de combustíveis, situado às margens da BR-226, na cidade de Barra do Corda (MA), local para onde fugiu ao sair de Araguaína.
Com o encerramento das investigações, o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as medidas legais cabíveis. O delegado Felipe Crivelaro pontuou que o indiciamento se soma ao crime de homicídio qualificado que o autor já responde pela morte do delegado. “Esperamos que, com mais esse indiciamento, o acusado possa ser condenado e permanecer ainda mais tempo preso, pois trata-se de um elemento de altíssima periculosidade. Ele agiu a sangue frio ao assassinar o delegado Aldeney e agora se encontra à disposição da Justiça”, frisou o delegado.
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