Um vídeo gravado durante uma abordagem da Polícia Militar em um posto de combustíveis de Paraíso do Tocantins, região central do Estado, no último sábado (26), está gerando polêmica nas redes sociais em razão da maneira como a ocorrência foi conduzida pelos militares.

Nas imagens é possível perceber uma confusão generalizada entre populares e os policiais, que foram até o local para averiguar uma denúncia de perturbação do sossego público.

Confusão

No vídeo que circula nas redes, percebe-se que uma policial militar tenta impedir uma mulher de filmar a ocorrência. "Se você me filmar, eu vou te processar", diz a PM.

A discussão entre as duas segue até que a militar saca o que aparenta ser um spray de pimenta e aponta em direção ao rosto da mulher, que revida jogando uma lata de cerveja.

Após o revide, a militar ameaça sacar a sua arma de fogo e parte para cima da mulher aos socos e chutes até ser contida por outro policial que interviu (vídeo no final da matéria).

Polêmica

Nas redes, a ação dos militares dividiu opiniões e gerou muitas discussões sobre o procedimento operacional. Para alguns internautas faltou preparo dos militares envolvidos na ocorrência. Para outros, os populares atrapalharam a ação legítima da polícia.

É proibido filmar?

Especialistas afirmam que filmar uma ação policial é o exercício pleno do direito fundamental da liberdade de expressão e de fiscalização da atuação do poder público. Se o policial estiver agindo conforme a lei, é o maior interessado em ter uma prova de sua atuação exemplar.

Deve ser ressaltado que o policial é um funcionário público! Logo, está sujeito à fiscalização da população. Caso esteja cometendo algum ato ilegal, deve ser filmado e o vídeo deve ser encaminhado à Corregedoria. Se tudo estiver conforme a lei, não existe dano à imagem.

O outro lado

O AF Notícias questionou a corporação sobre a ação dos militares e a Polícia Militar respondeu, em nota, que houve resistência e desacato contra os policiais e que um dos autores agiu contra a ação policial “desobedecendo e resistindo às ordens dos policiais militares”.

Ainda segundo a PM, “devido à necessidade de conduzir o autor, houve um princípio de tumulto causado por outras pessoas que estavam no local, uma delas agredindo uma policial militar”.

A corporação informou ainda que “a ação dos policiais durante a ocorrência será apurada em procedimento administrativo interno”.

Veja o Vídeo: