Educação

Mudança na direção do Colégio Militar de Araguaína revolta estudantes, pais e professores

Major Edilson de Sousa fez uma gestão amplamente aprovada pela comunidade.

Por Conteúdo AF Notícias 3.917
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24/09/2020 17h25 - Atualizado há 3 anos
Major De Sousa foi substituído na direção do Colégio Militar de Araguaína

Professores e estudantes do Colégio Militar de Araguaína foram surpreendidos, nesta quarta-feira (23), com a dispensa do diretor da unidade de ensino, Major Edilson de Sousa, que está à frente da gestão desde a implantação da escola no antigo CEM Dr. José Aluísio, em 2016.

A portaria de dispensa é assinada pelo Comandante-Geral da PM, coronel Jaizon Veras Barbosa. Foi designado como novo diretor o Major Manoel Filho Pinto de Sousa.

Insatisfeitos com a mudança repentina na gestão, estudantes lançaram o movimento #FicaMajordeSousa, com apoio de toda a comunidade escolar, inclusive de pais e professores.

Conforme os servidores, não houve nenhuma justificativa plausível para a inesperada saída do diretor. A Portaria do Comando-Geral explica de forma genérica que a troca seria para "atender a necessidade do serviço" nas unidades da Polícia Militar. O Major Edilson de Sousa assumirá o Batalhão Ambiental de Araguaína.

A comunidade escolar teme que a mudança possa afetar a qualidade do trabalho desenvolvido pelo colégio, principalmente no contexto da pandemia, em que as aulas estão sendo ofertadas de forma remota, dificultando o contato de uma nova gestão com as famílias e servidores.

"O Major de Sousa realizou um excelente trabalho na nossa escola querida. Juntos alcançamos muitas vitórias, como exemplo a superação da meta do IDEB e o 2º melhor resultado do Estado no ENEM por escola. Em time que está ganhando, pra que mexer?", questiona uma carta dos estudantes.

Os alunos destacam também outros avanços durante a sua gestão, como a humanização e melhorias do espaço escolar, qualificação dos estudantes em cursos de formação de Assessores de Comunicação (CFA), Fiscais (CFF), Socorristas e Brigadistas escolar (CFSBE), entre outros.

"O Colégio Militar é assim porque é fruto de todo um trabalho incansável, realizado de forma competente e com muita dedicação e até mesmo doação pessoal. A gestão de uma escola faz toda a diferença, para o melhor ou para o pior! Por isso, servidores, alunos e pais gritam mais uma vez, tira a mão do nosso CMT III”, pede a carta ao questionar se essa mudança repentina na direção não seria uma forma de retaliação.

ABAIXO-ASSINADO

Os estudantes já lançaram um abaixo-assinado virtual solicitando ao governador Mauro Carlesse e à secretária de Educação, Adriana Aguiar, a permanência do atual diretor. "A educação é feita de processos e estes não podem ser interrompidos de forma brusca, ainda mais em tempos difíceis de pandemia", argumentam.

O QUE DIZ A PM 

Ao AF Notícias, a PM informou que:

"Cabe legalmente ao Comando Geral da PMTO a movimentação do efetivo da instituição.

Que toda movimentação considera a circunscrição de âmbito Estadual da Corporação e a vivência profissional, cujos policiais militares podem ser movimentados a todo tempo; estando sujeitos, como decorrência dos deveres e das obrigações da Atividade Policial Militar, a servir em qualquer parte do Estado e, quando designado, em qualquer parte do País ou do Exterior.

Considera ainda que, toda movimentação tem por finalidade principal assegurar a ação presença, atendendo a necessidade do serviço nas Unidades, Subunidades e respectivas frações destacadas da Corporação, e também a demanda operacional e administrativa aliada à necessária adequação e distribuição do efetivo existente para atender a sociedade tocantinense".

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