O corpo da última pessoa desaparecida após o trágico naufrágio do iate Bayesian, na Sicília, foi encontrado pelos mergulhadores de resgate italianos. Este incidente chocante envolveu o luxuoso iate de 56 metros de comprimento pertencente à família do magnata britânico da tecnologia Mike Lynch.

O Bayesian, de bandeira britânica, estava ancorado no porto de Porticello, próximo a Palermo, quando uma violenta tempestade o atingiu antes do amanhecer de segunda-feira, fazendo-o virar e afundar rapidamente.

Investigação

O naufrágio do Bayesian resultou na morte de seis pessoas, incluindo o empresário Mike Lynch e sua filha, Hannah Lynch, de 18 anos, cujo corpo foi o último a ser encontrado. Embora as autoridades italianas ainda não tenham oficialmente confirmado a identidade do corpo, a jovem Hannah era a única pessoa ainda desaparecida.

O resgate foi descrito como uma operação complexa e arriscada, realizada a uma profundidade de 50 metros e envolvendo mais de 400 profissionais de resgate, incluindo 28 mergulhadores especializados.

Especialistas marítimos continuam perplexos com o naufrágio. Construído pelo renomado fabricante italiano de iates de luxo Perini, o Bayesian era considerado extremamente robusto e capaz de resistir a condições climáticas adversas. No entanto, o que deveria ter sido uma embarcação segura sucumbiu à força da tempestade, levantando questões sobre possíveis falhas estruturais ou outros fatores desconhecidos.

Investigaação judicial

Os promotores italianos abriram uma investigação judicial para esclarecer as causas do acidente. O capitão do iate, James Cutfield, assim como os oito membros sobreviventes da tripulação, foram interrogados pela polícia, mas ainda não se pronunciaram publicamente sobre o incidente.

As autópsias e a identificação oficial dos corpos das vítimas começarão após a transferência do último corpo para o necrotério de um hospital em Palermo.

Segurança marítima

Este incidente trágico levanta uma questão fundamental sobre a segurança em alto-mar, mesmo para iates de alto padrão. Será que uma embarcação considerada tão segura realmente poderia ter sucumbido apenas por uma tempestade, ou existiam outros fatores em jogo?

As investigações prometem respostas, mas também destacam a importância de revisões rigorosas de segurança em todas as embarcações, especialmente aquelas que transportam passageiros em regiões propensas a condições meteorológicas adversas.

A recuperação do corpo de Hannah Lynch trouxe, de certa forma, um encerramento trágico para as famílias envolvidas, mas também um alerta para a indústria naval, que precisa revisar seus protocolos de segurança diante de eventos climáticos cada vez mais extremos.

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Fonte: UOL