O Hospital Dom Orione, de Araguaína, realizou nesta terça-feira, 4 de abril, sua segunda captação múltipla de órgãos.

Uma equipe da Central Nacional de Transplantes veio até a cidade em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para realizar o procedimento que durou cerca de 04 horas e resultou na captação de dois rins e duas córneas. 

A doadora dos órgãos é uma paciente do sexo feminino, de 59 anos idade, que sofreu morte encefálica, quando ocorre uma perda definitiva das funções do cérebro. Neste caso, os órgãos permanecem ativos por um curto período de tempo, o que permite a captação para que sejam remetidos aos receptores. 

O coordenador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Dom Orione, Dr. Jorge Patrick Oliveira Feliciano, explica que o procedimento é complexo, envolvendo múltiplas equipes.

“A partir do diagnóstico da morte encefálica e que a família se disponibiliza a fazer a doação de órgãos, são realizados os exames de compatibilidade, feitos em Brasília. Depois vem uma equipe capacitada, geralmente de Brasília ou São Paulo, para fazer a captação dos órgãos que são distribuídos conforme a necessidade e a compatibilidade dos doentes”, explicou. 

Dr. Arnaldo Alves Nunes, diretor técnico do Hospital Dom Orione, enfatiza que esse tipo de procedimento é de extrema importância para ajudar a salvar a vida de pessoas que estão na fila de espera para um transplante.

“Agradecemos a família da paciente por este gesto nobre, mesmo num momento de luto”, disse. O diretor também agradeceu toda a equipe multiprofissional envolvida para a realização da captação. 

Todo procedimento foi realizado em convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS). Também participaram da logística o Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER), da Secretaria da Segurança Pública, e da equipe da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

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Parte da equipe multiprofissional envolvida na captação dos órgãos / Foto: Rodrigo Martins / Ascom Hospital Dom Orione