Araguaína

Missionária da Igreja Batista contesta carta de apoio a Wanderlei: 'não somos massa de manobra'

Carta de apoio foi assinada pelo pastor Edvaldo Araújo, da Igreja Batista Central.

Por Conteúdo AF Notícias 1.324
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20/08/2022 10h52 - Atualizado há 1 ano
Araguaína.

Missionária da Igreja Batista há oito anos em Araguaína, Arisneide Clarindo reagiu com espanto à carta de apoio do pastor Edvaldo Araújo de Sousa ao governador e candidato à reeleição Wanderlei Barbosa (Republicanos).

"Os Batistas na área política não são massa de manobra de seus líderes. Quero esclarecer que o apoio dos líderes citados na matéria é somente deles. Não nos representa, não me representa, não falam pelos Batistas do Tocantins”, declarou a missionária em nota ao AF Notícias.

O pastor Edvaldo Araújo atua na Igreja Batista Central de Araguaína, é diretor do Seminário Teológico do Tocantins e vice-presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Tocantins. Na carta, ele também declarou apoio à Professora Dorinha, candidato ao Senado, e à Drª Ângela da Facit, candidata a deputada federal.

Contudo, a missionária da Igreja Batista reafirmou que “a liberdade de escolha política em nosso meio é plena”, ao informar que no Tocantins são, aproximadamente, 18 mil fiéis da congregação Batista.

Essa liberdade denominacional é princípio fundamental dos Batistas da Convenção Batista Brasileira, consequentemente da nossa Convenção Batista do Tocantins”, finaliza Arisneide.

Confira na íntegra a nota da missionária

"Meu nome é Arisneide Clarindo. Sou Missionária da Igreja Batista do Céu Azul há 8 anos. Hoje me deparei com uma publicação no AF. Notícias que de certa forma me causou surpresa, e por que não dizer, até mesmo espanto. 

Sobre essa matéria, venho esclarecer que nós Batistas, filiados à Convenção Batista Brasileira, primamos pela independência dos seus membros e seus líderes, em suas opções e decisões políticas. E que nenhum líder da nossa Denominação, mesmo os da mais alta hierarquia, na área política, falam ou decidem pelos  membros da Denominação Batista. 

Logo, a carta de apoio enviada ao candidato a governador, o senhor Wanderlei, e à candidata a senadora, a senhora Dorinha, e à candidata a deputada federal, Dra. Ângela não emite a opinião ou decisão de todos os Batistas, nem da nossa associação e nem da Convenção Batista do Tocantins. Os Batistas na área política não são massa de manobra de seus líderes. Quero esclarecer que o apoio dos líderes citados no artigo é somente deles. Não nos representa, não me representa, não falam pelos Batistas do Tocantins. 

Somos livres para decidir em quem votar. O que nós, líderes, podemos fazer é orientar os liderados sobre os melhores candidatos segundo o nosso pensar. Porém, cada pessoa tem toda a liberdade de escolher os seus candidatos. Não temos a visão da Igreja, como um aglomerado de pessoas, composta de seres que podem ser manobrados, sem decisão própria. Venho, portanto, reafirmar a total independência denominacional. Ressalto que tal declaração não diz respeito aos Batistas e sim a alguns Batistas. 

O que nos diferencia de muitas outras denominações, essa liberdade denominacional é princípio fundamental dos Batistas da Convenção Batista Brasileira, consequentemente da nossa Convenção Batista do Tocantins".

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