‘A sociedade não aguenta mais tanta covardia com o dinheiro público’, afirma promotor
Por Redação AF
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22/06/2013 12h07 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> O titular da Promotoria do Patrimônio Público de Araguaína, Alzemiro Wilson Peres Freitas, foi um dos mais de 5 mil manifestantes que percorreram as ruas da cidade neste 21 de junho em ato de protesto contra a corrupção e os monopólios no serviço público.<br /> <br /> Alzemiro é o promotor responsável por dezenas de Ações Civis de Improbidade Administrava movidas contra gestores e ex-gestores por desvios ou má aplicação dos recursos públicos. Só em Araguaína o promotor estimou prejuízos à municipalidade na ordem de 40 milhões de reais nos últimos anos.<br /> <br /> Em entrevista ao <strong><em>AF Notícias</em></strong>, Alzemiro afirmou que os protestos de caráter pacífico desencadeados em todo Brasil não envolve questões relacionadas apenas ao transporte público, mas tem um viés mais profundo no que diz respeito à moralização da coisa pública e ter garantias como saúde, educação e segurança pública. <em>“O Brasil adormeceu por muito tempo. Este movimento só engrandece a democracia, pois a população está levando sua reivindicação de cara aberta. A população está conhecendo mais a nossa Constituição e as reinvindicações são no sentido macro da palavra”</em>, afirmou.<br /> <br /> Durante o protesto de Araguaína muitos cartazes pediam a não aprovação da PEC 37, que retira dos Ministérios Públicos o poder de investigação criminal. Para o promotor, este projeto representa um retrocesso inigualável no campo jurídico, social e está na contramão. <em>“Coincidência ou não, sabe-se que a PEC 37 foi retirada da pauta de votações do Congresso do dia 26, talvez para não coincidir com a efervescência dos manifestos”</em>, sugeriu Alzemiro Freitas.<br /> <br /> Ainda de acordo com o promotor, é lamentável a falta de apoio da classe política aos que estão indo às ruas protestar. <em>“O setor público está contaminado. A sociedade não aguenta mais tanta covardia e desmandos com o dinheiro público”</em>, finalizou Alzemiro.</span></div>