Caso Elvisley

Acusado de mandar matar empresário de Palmas tinha vida de luxo em Florianópolis

Bruno Teixeira também é empresário e teria um dívida vultuosa com Elvisley.

Por Redação 3.291
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06/10/2021 16h39 - Atualizado há 2 anos
Momento em que o empresário Elvisley foi assassinado em Palmas

Com a prisão preventiva decretada desde setembro de 2020, o empresário tocantinense Bruno Teixeira da Cunha, 38 anos, estava morando em um condomínio de luxo de alto padrão em Florianópolis (SC). Ele é apontado pela Polícia Civil como mandante da morte do empresário Elvisley Costa de Lima, de 54 anos, em janeiro de 2020, em Palmas. O crime teria sido motivado por causa de uma dívida.

Bruno Teixeira é muito conhecido na capital do Tocantins. Ele foi preso na manhã desta segunda-feira (4), no momento em que se encontrava em uma clínica médica na cidade catarinense de Balneário Camboriú.

A ação que resultou na prisão de Bruno foi deflagrada pela 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, a 1ª DHPP de Palmas, com apoio das forças de segurança de Santa Catarina.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Guido Camilo Ribeiro, após a identificação de Bruno como sendo o mandante do assassinato do empresário Elvisley, a Polícia Civil intensificou as investigações no sentido de localizar seu paradeiro. “Após a decretação da prisão preventiva do mandante, o setor de inteligência da 1ª DHPP aprofundou os trabalhos investigativos e diligências e foi constatado que o foragido da justiça se encontrava em Balneário Camboriú”, disse.

VIDA DE LUXO

De acordo com as investigações da Polícia Civil do Tocantins, após fugir de Palmas, Bruno Teixeira passou pelos estados de Goiás e também de São Paulo, e finalmente se estabeleceu na cidade de Florianópolis, onde morava em um condomínio de luxo.

Bruno foi submetido a exames cautelares de corpo delito e, posteriormente, recolhido à Unidade Prisional de Itajaí, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário do Tocantins.

Conforme o delegado, com essa prisão, a Polícia Civil elucida o assassinato do empresário Elvilesly, identificando tanto o atirador, que já havia sido preso, como também o mandante do crime que chocou a cidade de Palmas, uma vez que foi praticado em plena luz do dia, na Avenida Palmas Brasil, quando a vítima foi morta com vários tiros dentro de sua camionete.

O delegado Guido Camilo disse que o inquérito policial que apurava o crime já foi concluído ainda no ano de 2020 e remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as medidas cabíveis. “O próximo passo agora é trazer o suspeito de Santa Catarina para Palmas, a fim de que possamos interrogá-lo para que ele apresente sua versão dos fatos, e explique o porque teria mandado matar o empresário Elvisley”, ressaltou o delegado.

O CRIME

O empresário Elvisley Costa de Lima, de 54 anos, foi assassinado dentro da própria caminhonete, no dia 4 de janeiro de 2020, com pelo menos três tiros no peito. 

Câmeras de segurança de um restaurante flagraram o momento em que o empresário foi atacado. O criminoso chegou de motocicleta, estacionou e caminhou até o veículo estacionado. Ele não tirou o capacete em nenhum momento.

Sem dizer nada, o homem faz os disparos contra o vidro ainda fechado. Logo depois, o criminoso volta para a motocicleta e foge. O vídeo também mostra que o outro homem, que seria Bruno, estava no carro. Após os disparos, ele sai do veículo.

ATIRADOR

O executor do crime seria o ex-candidato a vereador em Aparecida do Rio Negro Gilberto de Carvalho Limoeiro Parente Júnior, conhecido como Júnior da Serra.

Segundo a denúncia do MPTO, Bruno Teixeira ligou para o empresário propondo uma conversa sobre uma dívida que possuía e Elvisley cobrava o pagamento e o levou para o estacionamento onde havia sido combinada a execução. Enquanto Bruno distraía Elvisley conversando com ele na caminhonete, Júnior da Serra se aproximou do carro, pelo lado da vítima, e efetuou vários disparos contra ele.

“O conjunto probatório indiciário demonstra que o denunciado Gilberto de Carvalho matou a vítima a mando do denunciado Bruno Teixeira, devedor de vultosa quantia à vítima, mediante promessa de pagamento, tendo Gilberto de Carvalho recebido antecipadamente pelo “serviço” a importância de R$ 25.000,00 (conforme dados telefônicos obtidos por meio judicial)”, escreveu o promotor André Varanda.

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