<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">No início da noite de ontem, 27, o Tribunal Popular do Júri condenou a mais 64 anos de prisão o vigilante Didácio de Souza Melo, 38 anos, pelo assassinato da ex-mulher, da ex-cunhada e por tentativa de homicídio contra a ex-sogra.<br /> <br /> A tragédia aconteceu em março de 2012 no Setor Céu Azul, em Araguaína. Além da prisão, Didácio foi condenado a pagar uma indenização superior a 30 mil reais à sobrevivente do crime.<br /> <br /> O julgamento ocorreu no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Araguaína, começando às 8h00 da manhã e teve quase 8 horas de duração. Na defesa do Réu, o advogado Miguel Vinicius argumentou que o mesmo não teria condições de responder pelos próprios atos, pois tinha distúrbios psicológicos e que, se fosse condenado, seria pelo motivo de Didácio ser negro. <br /> <br /> Já o promotor de justiça, Benedicto Guedes, contestou a tese afirmando que existem 4 exames atestando que o vigilante não possui nenhum distúrbio psicológico. Diante disso, os jurados consideraram Didácio como o responsável pelos três crimes, sendo dois homicídios e uma tentativa.<br /> <br /> <u><strong>O fato</strong></u><br /> <br /> No dia 8 de março de 2012, Didácio matou a ex-esposa Laiara Duarte Silva, 29 anos, e também a ex-cunhada Laiane Duarte Silva, 19 anos, ambas com dois disparos de arma de fogo. <br /> <br /> Além disso, ele efetuou dois disparos contra a ex-sogra, Edileusa Maria, de 46 anos. Para a polícia o crime foi passional, pois conforme informações coletadas na época, o casal (Didácio e Laiara Duarte Silva) viviam um relacionamento conturbado e tinham uma filha.<br /> <br /> <u><strong>A sentença</strong></u><br /> <br /> A Sentença foi lida pelo Juiz Francisco Vieira às 19h50min. Didácio de Souza Melo foi condenado a 64 anos e 5 meses de prisão em regime fechado e também deve pagar uma indenização no valor de R$ 33.750,00 à sobrevivente do crime, a ex-sogra Edileusa Maria, que foi atingida por dois disparos, mas sobreviveu.<br /> <br /> O vigilante deixou o julgamento chorando, se disse arrependido do que fez e pediu para cuidarem de sua filha que tem pouco mais de um ano de idade.</span></div>