Conscientização

Colégio Santa Cruz realiza evento sobre consciência negra com transmissão pela internet

Projeto é realizado em parceria com várias instituições.

Por Redação
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19/11/2020 17h06 - Atualizado há 3 anos
Programação para o dia 21

O mês de novembro chegou e com ele a intensificação de um debate muito importante a nível nacional: a consciência negra. A importância de se pensar sobre tal temática num país marcado por 358 anos de escravização, em que a luta, a história e a cultura do povo negro foram fortemente silenciadas, faz-se necessário, logo, deve-se promover nos diversos espaços sociais o diálogo sobre questões raciais.

Partindo da promulgação e execução da lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e da lei 11.645, de março de 2008, que institui o ensino de história e da cultura Afro-Brasileira e Indígena nas escolas públicas e privadas no Brasil, o colégio Santa Cruz, observando a importância do tema a nível social e humanístico, desenvolveu um projeto em que se pensou a necessidade de se incorporar no ambiente escolar essa temática de tamanha importância.

Nesse sentido, pensou-se práticas pedagógicas de inclusão e sociabilidade, concebendo a escola dentro de uma diversidade. “Ao localizarmos o conceito e o processo da educação no contexto das coletividades de pessoas negras e da relação delas com os espaços sociais, torna-se imperativo o debate da educação a serviço da diversidade”. (CAVALEIRO, Eliane. Orientações e ações para a educação das relações étnico-raciais. Brasília, 2010, p. 13.)

Logo, busca-se dialogar com as diversas narrativas que constituem o espaço escolar, observando a necessidade de debater sobre os imaginários, memórias e narrativas que nos edificam enquanto povo, identificando nelas a nossa africanidade e heranças indígenas, de nosso cotidiano historicamente formado.

O colégio Santa Cruz, alinhado a formação humana orionita, fomentou e fomenta diálogos acerca do o que é ser negro e indígena no Brasil, exercitando o pensamento científico, crítico e criativo dentro da temática; buscando sempre, dentro da comunidade escolar, comunicar, argumentar a respeito da estética e da cultura do povo negro e indígena; garantindo assim espaços de fala e de escuta a crianças, a jovens e adultos sobre o que é ser negro e indígena no Brasil, propagando dessa forma conhecimentos, vivências e expectativas do povo negro e indígena na sociedade brasileira.

Um evento sobre a temática está sendo realizado na modalidade remota devido a pandemia da covid-19. As primeiras ações foram compostas por live’s ‘Vozes Negras do Tocantins’, nas quais os alunos do Ensino médio escutaram relatos sobre as vivências da população negra no território tocantinense, todas transmitidas pela rede social Instagram no canal @afrikanidade.

Além das live’s, aulas via Google Meet com temáticas diversas foram e estão sendo realizadas com os seguintes temas: Racismo estrutural e lugar de fala – Dr. Cecilia Santos e Prof. Me. Robenilson Barreto; Darwinismo social – Prof. Ma. Nádia Regina; Lentes brancas personagens pretas (os): a dimensão política e cinematográfica - Dr. Plábio Marcos e prof. Me. Marlon Magno; o que é ser indígena no Brasil - Kamutaja Awa; Colorismo e Mestiçagem – Leticia Cabelemgé; aula de Intercâmbio Moçambique – África e Araguaína – Brasil: Cultura, território e vivências - Dr. Paulo Jeronimo (moçambicano) e Pe. Ricardo Alexandre (brasileiro vivendo em Moçambique a 7 anos)

O projeto realizado junto com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Faculdade Católica Dom Orione (FACDO), Articulação Nacional de Psicólogas (os) Negras (os) e Pesquisadores (ANPSINEP), Centro Acadêmico de Psicologia (CENAP) e com o apoio do CRP – 23, sobre a coordenação da Prof. Me. de história Kamila Soares.

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