<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Arnaldo Filho</strong></u><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> Falta de medicamentos, profissionais e precariedade nas unidades básicas de saúde de Araguaína. Estas são algumas das denúncias feitas pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Agnaldo Teixeira.<br /> <br /> Segundo o presidente, os mesmos fatos relatados ao <em><strong>AF Notícias</strong></em> foram também informados aos vereadores no debate da saúde na semana passada na Câmara Municipal.<br /> <br /> O Conselho Municipal de Saúde (CMS) é o órgão responsável por acompanhar, fiscalizar e apreciar as contas da Secretaria de Saúde do Município.<br /> <br /> <u><strong>Problemas são conhecidos</strong></u><br /> <br /> Segundo Agnaldo Teixeira, os problemas denunciados pelo Conselho são todos de conhecimento do secretário Rubens Neves, pois três conselheiros do CMS representam o Poder Executivo nas reuniões do órgão. <em>“Eles presenciam as nossas plenárias e as denúncias que feitas em todas as reuniões. O secretário já sabia dessas denúncias porque nós já informamos os problemas e pedimos providências”,</em> disse.<br /> <br /> Questionado sobre o que mudou nestes seis meses de gestão, Agnaldo foi taxativo: <em>“Não mudou nada ainda na área da saúde. Não foi feito nada de novo. Eu sugiro que as ações sejam realizadas e cumpridas efetivamente”.</em><br /> <br /> <u><strong>Penúria</strong></u><br /> <br /> O presidente do Conselho de Saúde classificou como “penúria” a situação das unidades básicas de saúde. <em>“É certo que o Prefeito Ronaldo Dimas recebeu as unidades completamente sucateadas, os equipamentos sucateados, sem materiais de consumo e sem médicos, mas se passaram seis meses e já era tempo dessas unidades estarem funcionando”</em>, afirmou Agnaldo.<br /> <br /> Segundo ele, nesse período, das 17 unidades, apenas 3 foram reformadas.<br /> <br /> <u><strong>Atendimento odontológico</strong></u><br /> <br /> Agnaldo Teixeira ainda denunciou a precariedade do atendimento odontológico nas unidades. Segundo ele, quase todos os atendimentos estão suspensos por falta de medicamentos, inclusive anestésico. <em>“É um medicamento barato e sem ele não há condições de atender a população. Acontece que nesses meses a Secretaria de Saúde recebeu cerca de 24 milhões</em>”, informou.<br /> <br /> <u><strong>Pró-Saúde</strong></u><br /> <br /> Dos 24 milhões, mais da metade foram para os cofres da Pró-Saúde, entidade responsável pela administração da UPA, Hospital Municipal e Ambulatório de Especialidades. <em>“O Hospital Municipal leva em média 1,27 milhão e a UPA cerca de 800 mil mensais. Só ai já são mais de 2 milhões por mês”</em>, informou Teixeira.<br /> <br /> <u><strong>Farmácias do município</strong></u><br /> <br /> <em>“As farmácias do município hoje estão sem medicamentos básicos, os principais estão em falta. Por exemplo, anti-inflamatório, medicamentos para diabéticos, além disso, as farmácias continuam funcionando sem alvará sanitário. As administrações são omissas. Na hora de cobrar dos empresários eles são bons, mas na hora de cumprir as leis eles não cumprem. A lei é para todos inclusive para os gestores</em>”, disparou Agnaldo Teixeira.<br /> <br /> O presidente do Conselho sugere também que a Secretaria Municipal de Saúde tenha um departamento próprio de compras. <em>“Os materiais médicos e odontológicos não podem ser misturados com cimento, britas e areia e tem que ser comprado com planejamento para não faltar nas unidades. A sociedade está cansada de esperar</em>”, finalizou Agnaldo Teixeira.</span></div>