Pesquisa Fieto

Indústrias no Tocantins sofrem queda na produção e contratam menos trabalhadores

Empresários afirmam que falta mão de obra qualificada.

Por Redação
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01/02/2022 08h47 - Atualizado há 2 anos
Produção industrial no Tocantins é considerada baixa

Uma pesquisa realizada pelo Federação da Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) mostra que a produção industrial no Tocantins evoluiu em dezembro de 2021, mas ainda é considerada é baixa. Os números referentes ao 4º trimestre mostram ainda a queda no número de contratações e que a falta e o alto custo da matéria-prima impactam o segmento.

O indicador de Evolução da Produção passou de 42 para 48 pontos de setembro para dezembro de 2021, um sinal de evolução do setor. Mas mesmo com um aumento de 6 pontos, os números ainda ficaram abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que representa queda na produção. A pesquisa também identificou que o número de contratações caiu 2 pontos no período, passando de 50 para 48 pontos. 

A utilização da capacidade instalada sofreu redução de 71% para 67%, um indicativo de que as indústrias tocantinenses operaram com 67% de toda a capacidade de produção no mês de dezembro do ano passado. 

Já os indicadores de Evolução de Estoques e de Estoque Efetivo Planejado tiveram aumento de 6 e 5 pontos, respectivamente. Mesmo assim, os dois índices ficaram abaixo da linha divisória dos 50 pontos, indicando que houve queda e que os estoques ficaram abaixo do planejado para o mês de dezembro. 

Os empresários entrevistados pela pesquisa destacaram, pelo 7º trimestre consecutivo, como principais problemas enfrentados a falta e o alto custo da matéria-prima, a escassez de trabalhador qualificado, a elevada carga tributária, os juros altos e a falta ou alto custo de energia. 

Embora tenha permanecido praticamente estável em relação ao trimestre anterior, passando de 44 para 45 pontos, no 4º trimestre a dificuldade na obtenção de crédito permaneceu e o índice segue abaixo da linha divisória dos 50 pontos. 

Apesar do otimismo em relação à compra de matéria-prima e empregos, tanto no mercado doméstico quanto no externo, os empresários da indústria tocantinense seguem cautelosos quanto a intenção de investimento nos próximos seis meses. 

“A economia brasileira ainda sente os efeitos provocados pela pandemia, com a nova onda de infecção pela variante ômicron. A queda do consumo causa sequelas à indústria que sofre com a recessão. Mesmo cauteloso, minha expectativa para o ano de 2022 é positiva”, analisa o presidente da FIETO, Roberto Pires. 

Confiança seguiu estável em janeiro 

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), também elaborado pelo setor de pesquisas da FIETO, apresentou redução de 0,9 ponto em comparação com dezembro de 2021 ao atingir 60,1 pontos em janeiro de 2022. Com esse resultado o índice ficou abaixo dos valores apurados nos meses de janeiro de 2020 (-3,1%) e de 2021 (-2,1%). No entanto, segue acima da linha divisória dos 50 pontos, o que significa que os empresários estão confiantes para os próximos seis meses ainda que de forma menos intensa que no mês anterior. 

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