Justiça pune de forma desigual ricos e pobres, afirma Joaquim Barbosa

Por Redação AF
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04/05/2013 10h07 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse hoje (3), em debate na Costa Rica, que um dos fatores da impunidade no pa&iacute;s &eacute; o tratamento desigual dado pela Justi&ccedil;a. Segundo ele, h&aacute; diferen&ccedil;a na condu&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&otilde;es envolvendo pessoas com maior poder aquisitivo, com dinheiro para pagar bons advogados, e aquelas relacionadas aos&nbsp; &quot;pobres, negros e pessoas sem conex&otilde;es&quot;.<br /> <br /> &quot;As pessoas s&atilde;o tratadas de forma diferente de acordo com seu status, sua cor de pele e o dinheiro que t&ecirc;m. Tudo isso tem um papel enorme no sistema judicial e especialmente na impunidade&quot;, disse Barbosa. O ministro est&aacute; em San Jos&eacute; participando de um evento sobre liberdade de imprensa promovido pela Unesco.<br /> <br /> Segundo o ministro, no pa&iacute;s prevalece uma proximidade anti&eacute;tica entre advogados poderosos e ju&iacute;zes, o que acaba desequilibrando a presta&ccedil;&atilde;o de Justi&ccedil;a. &quot;Essa pessoa poderosa pode contratar um advogado poderoso com conex&otilde;es no Judici&aacute;rio, que pode ter contatos com ju&iacute;zes, sem nenhum controle do Minist&eacute;rio P&uacute;blico ou da sociedade. E depois v&ecirc;m as decis&otilde;es surpreendentes: uma pessoa acusada de cometer um crime &eacute; deixada em liberdade&quot;, argumentou.<br /> <br /> Mesmo apontando essa falha, que considera existir n&atilde;o s&oacute; no Brasil e na Am&eacute;rica Latina, mas no mundo todo, Barbosa disse que o Judici&aacute;rio brasileiro &eacute; confi&aacute;vel, forte e independente do Legislativo e do Executivo. &quot;Os ju&iacute;zes s&atilde;o respeitados pela maioria das pessoas&quot;, analisou.<br /> <br /> O presidente do Supremo tamb&eacute;m justificou a demora da resposta do Judici&aacute;rio brasileiro devido ao complexo sistema recursal do pa&iacute;s, que admite at&eacute; quatro inst&acirc;ncias para analisar a mesma quest&atilde;o. Ele tamb&eacute;m falou dos problemas da prerrogativa de foro, que permite aos pol&iacute;ticos e determinadas autoridades serem julgados por tribunais superiores, e n&atilde;o pela Justi&ccedil;a de primeiro grau.</span></div>
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