O procedimento foi realizado no Hospital Dom Orione em uma paciente de apenas 30 anos.
A equipe de cirurgia cardíaca coordenada pelo médico Henrique Furtado realizou um implante inédito de prótese mitral sem toracotomia, ou seja, sem a abertura da cavidade torácica.
O procedimento é o primeiro no Tocantins, ocorreu no Hospital Dom Orione, em Araguaína, e foi realizado em uma paciente de apenas 30 anos em apenas duas horas.
“É um procedimento moderno para tratar pacientes que tenham alto risco de serem submetidos a uma reoperação com tórax aberto. Neste caso específico, a paciente já havida sido submetida a duas cirurgias de válvula anteriormente”, explicou o médico Henrique Furtado.
Essa foi a primeira cirurgia de implante “valve in valve” realizada no Tocantins sem a abertura clássica do tórax, necessária nas reoperações.
“Foi realizado uma pequena abertura na ponta do ventrículo esquerdo para a passagem do cateter balão, que levou a nova prótese até o interior da prótese que estava rasgada. O implante foi um sucesso”, contou o médico.
A cirurgia foi realizada pelos médicos Milton Santoro, Bruno Carvalho, Leonardo Paim, do Instituto do Coração de São Paulo, e pelo ecocardiografista Rodrigo Lins.
“Nossa pretensão é oferecer esse tipo de tratamento atualizado, com menos risco, a todos os pacientes que deles precisarem”, comentou Henrique Furtado.
A paciente ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 24 horas após o procedimento, e três dias na enfermaria. Esse foi outro fator considerado positivo, pois se a cirurgia tivesse sido realizada com o corte no tórax o período de internação na UTI seria de 36 horas e na enfermaria de 10 dias.
“A paciente está em casa e se recupera bem”, informou Henrique.