<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> Muitos dos tributos pagos pelos brasileiros não são revertidos em benefício da coletividade, alguns deles tomam rumos até desconhecidos. Infelizmente essa façanha não acontece somente com o dinheiro público, em alguns casos, como em Araguaína, até mesmo as contribuições voluntárias destinadas a subsidiar ações de segurança pública, mediante as Células Comunitárias, tem paradeiro até então desconhecido.<br /> <br /> Conforme denúncia de moradores ao <strong><em>AF Notícias</em></strong>, valores descontados mensalmente na conta de luz, com a denominação de Contribuição do Conselho de Segurança, não estão chegando às Células Comunitárias de Segurança Pública instaladas em vários bairros de Araguaína.<br /> <br /> Segundo os moradores, a contribuição de segurança pública foi um mecanismo encontrado para que os cidadãos pudessem colaborar no projeto com objetivo de integrar Polícia e Comunidade na promoção da Segurança Pública por meio das Células Comunitárias. Assim, muitos passaram a contribuir para manutenção de viaturas e demais serviços. <br /> <br /> Ainda conforme os moradores, a criação das Células era a garantia da presença da polícia nos bairros, bem como a efetivação de um trabalho integrado no combate à criminalidade.<br /> <br /> <u><strong>Recursos</strong></u><br /> <br /> Entusiasmados com a proposta, muitos cidadãos permitiram o desconto mensal de uma contribuição na conta de luz. Anos depois de muitas das Células fecharem as portas por falta de apoio do poder público, os descontos continuaram, no entanto, os moradores não sabem o paradeiro dos recursos.<br /> <br /> Um morador do Setor Jardim das Flores, onde a Célula foi desativada há cerca de 5 anos, mostrou à nossa reportagem a cobrança na conta de luz do mês de junho de 2013.<br /> <br /> De acordo com uma fonte que preferiu para não ser identificada, nos últimos anos a contribuição pode ter arrecado valores da ordem de 350 mil reais.</span><br /> </div> <div style="text-align: center;"> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/ssp.jpg" style="width: 400px; height: 271px;" /><br /> (CNV - Contribuição Conselho de Segurança) </div> <div style="text-align: justify;"> <br /> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Associação de moradores</strong></u><br /> <br /> Segundo o presidente da Associação de Moradores do Jardim das Flores, Elcimar Pessoa, o policiamento no bairro é precário, não há posto policial e a Célula Comunitária foi desativada há pelo menos 5 anos. “O Estado agora aluga as viaturas então não há mais manutenção por parte das células”, afirma.<br /> <br /> Ainda de acordo com o líder comunitário, ao procurar a Celtins um representante da empresa informou que os recursos estariam sendo destisnados à Secretaria de Segurança Pública do Tocantins.<br /> <br /> <strong><u>Polícia Militar</u></strong><br /> <br /> Já a Polícia Militar, através do Comandante do 2º BPM, Major Silva Neto, afirmou que a PM entrou apenas como parceira na parte técnica junto aos Conselhos Comunitários e não recebe nenhum percentual destes recursos. Ainda segundo ele, o dinheiro está sendo destinado aos Conselhos Comunitários que, em alguns bairros, ainda atuam na promoção de cursos e palestras à comunidade. “O dinheiro é descontado de forma voluntária e dirigido pelos conselhos”, afirmou.<br /> <br /> Major Silva Neto assegurou que essa contribuição não chega aos cofres da Polícia Militar.<br /> <br /> <u><strong>Celtins</strong></u><br /> <br /> A Celtins informou, por meio de sua assessoria, que atua apenas como parceira na arrecadação dos valores, mas não é responsável pela aplicação ou destinação dos recursos. A empresa não soube informar os valores arrecadados e nem os nomes dos beneficiários da contribuição.</span></div>