Mostra Cinema pela Verdade chega em Palmas exibindo filmes sobre a ditadura civil-militar na América Latina

Por Redação AF
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04/06/2013 18h47 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size: 14px;">A Mostra Cinema pela Verdade chega a Palmas na pr&oacute;xima sexta-feira, dia 7 de junho, &agrave;s 19h, quando ser&aacute; exibido, no Audit&oacute;rio da Reitoria da Universidade Federal do Tocantins, o document&aacute;rio Eu Me Lembro, do diretor Luiz Fernando Lobo. O filme &eacute; in&eacute;dito no circuito local. A exibi&ccedil;&atilde;o ser&aacute; seguida de debate com o diretor do filme. Em sua segunda edi&ccedil;&atilde;o, a Mostra foi criada com o objetivo de promover exibi&ccedil;&otilde;es de filmes seguidas de debates sobre o per&iacute;odo da Ditadura Civil-Militar e seus desdobramentos, bem como a rela&ccedil;&atilde;o com as ditaduras contempor&acirc;neas do Cone Sul.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Realizada pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), em parceria com o Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a, a Mostra Cinema pela Verdade foi contemplada pelo edital &ldquo;Marcas da Mem&oacute;ria&rdquo;, da Comiss&atilde;o de Anistia, que visa &agrave; promo&ccedil;&atilde;o de eventos e projetos com foco neste per&iacute;odo marcante da hist&oacute;ria brasileira. A mostra acontecer&aacute; simultaneamente em universidades dos 27 estados da federa&ccedil;&atilde;o entre os meses de maio e agosto. Cada estado do pa&iacute;s ter&aacute; pelo menos oito sess&otilde;es de filmes, totalizando mais de 200 exibi&ccedil;&otilde;es.<br /> <br /> O ponto de partida foi um encontro, durante a primeira semana de maio, no Rio de Janeiro, entre os &ldquo;agentes mobilizadores&rdquo; - 27 universit&aacute;rios de diferentes &aacute;reas, que foram capacitados para serem os produtores locais em suas respectivas cidades. Em Palmas, o agente mobilizador &eacute; o estudante de Hist&oacute;ria da UFT, Felipe Carvalho, de 26 anos.<br /> <br /> Este ano, foram selecionados para a mostra dois document&aacute;rios sobre a ditadura no Brasil e dois filmes de fic&ccedil;&atilde;o sobre o per&iacute;odo da ditadura na Argentina e no Chile. Entre as produ&ccedil;&otilde;es brasileiras est&atilde;o Eu Me Lembro, de Luiz Fernando Lobo, e Marighella, de Isa Grinspum Ferraz. J&aacute; a fic&ccedil;&atilde;o Inf&acirc;ncia Clandestina, de Benjam&iacute;n &Aacute;vila, &eacute; uma coprodu&ccedil;&atilde;o Brasil-Argentina, e No, de Pablo Larra&iacute;n, faz um recorte sobre a ditadura chilena.<br /> <br /> &ldquo;O projeto Cinema pela Verdade cria um ambiente de mobiliza&ccedil;&atilde;o em todo o pa&iacute;s. Especialmente junto &agrave; juventude, em favor da mem&oacute;ria, em favor da constru&ccedil;&atilde;o da verdade para que o pa&iacute;s possa, finalmente, passar a limpo a sua hist&oacute;ria e possa enfrentar os seus erros de frente, para que eles n&atilde;o se repitam mais. E, ao mesmo tempo, possa gerar consci&ecirc;ncia cr&iacute;tica na juventude para que ela assuma para si um legado de resist&ecirc;ncia, de lutas e de conquistas dos nossos direitos&rdquo;, ressalta o presidente da Comiss&atilde;o de Anistia, Paulo Abr&atilde;o.<br /> <br /> A vice-presidente do ICEM, Luciana Boal complementa: &ldquo;Por vivermos em um pa&iacute;s em que 92% dos munic&iacute;pios n&atilde;o possuem salas de cinema, n&oacute;s do ICEM acreditamos que projetos como o Cinema pela Verdade s&atilde;o fundamentais para dar mais acesso &agrave; produ&ccedil;&atilde;o nacional. E ter as universidades como palco dessas sess&otilde;es &eacute; investir na forma&ccedil;&atilde;o de um p&uacute;blico cr&iacute;tico e articulado. Nada melhor do que trabalhar com os pr&oacute;prios universit&aacute;rios para estimular o contato com o cinema nacional e para que possam compreender localmente como &eacute; poss&iacute;vel produzir um festival, al&eacute;m de formarem uma rede de agentes culturais&rdquo;.<br /> <br /> <u><strong>Sobre os Filmes Selecionados:</strong></u><br /> <br /> <strong>Eu me lembro</strong>, de Luiz Fernando Lobo: exibido no Festival Internacional do Rio de Janeiro. O document&aacute;rio acompanhou cinco anos das caravanas da Anistia e reconstr&oacute;i a luta dos perseguidos por repara&ccedil;&atilde;o, mem&oacute;ria, verdade e justi&ccedil;a por meio de imagens de arquivo e de entrevistas.<br /> <br /> <strong>Inf&acirc;ncia Clandestina</strong>, de Benjam&iacute;n &Aacute;vila: representante argentino ao Oscar 2013, categoria melhor filme estrangeiro. Argentina, 1979. Juan, assim como seus pais e seu tio leva uma vida clandestina. Fora do ber&ccedil;o familiar ele precisa manter as apar&ecirc;ncias pelo bem da fam&iacute;lia, que luta contra a ditadura militar que governa o pa&iacute;s.<br /> <br /> <strong>Marighella</strong>, de Isa Grinspum Ferraz, ganhador do Pr&ecirc;mio de melhor longa-metragem da Mostra Cinema e Direitos Humanos na Am&eacute;rica do Sul em 2012. Carlos Marighella foi o maior inimigo da ditadura militar no Brasil. Este l&iacute;der comunista e parlamentar foi preso e torturado, e tornou-se famoso por ter redigido o Manual do Guerrilheiro Urbano.<br /> <br /> <strong>NO</strong>, de Pablo Larra&iacute;n, concorreu ao Oscar 2013 na categoria melhor filme estrangeiro. Pressionado pela comunidade internacional, o ditador Augusto Pinochet aceita realizar um plebiscito nacional para definir sua continuidade ou n&atilde;o no poder. Os l&iacute;deres do governo contratam Ren&eacute; Saavedra para coordenar a campanha contra a manuten&ccedil;&atilde;o de Pinochet.<br /> <br /> <u><strong>SERVI&Ccedil;O:</strong></u><br /> <br /> 7 de junho, sexta-feira, &agrave;s 19h<br /> <br /> Exibi&ccedil;&atilde;o do filme Eu me Lembro, de Luiz Fernando Lobo<br /> Local: Audit&oacute;rio da Reitoria &ndash; UFT / Campus Palmas<br /> Endere&ccedil;o: Av. NS 15, ALCNO 14, Bloco IV, 109 Norte, Palmas - TO.<br /> Capacidade de p&uacute;blico: 100 pessoas<br /> <br /> <strong>Debatedores:</strong><br /> <br /> Luiz Fernando Lobo &ndash; diretor do filme Eu Me Lembro.<br /> Isabel Auler - Vice-reitora da Universidade Federal do Tocantins.<br /> Aline Sueli de Salles Santos &ndash; Professora de gradua&ccedil;&atilde;o e p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o da UFT, conselheira da Comiss&atilde;o da Anistia do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a e Comit&ecirc; de Memoria, Verdade e Justi&ccedil;a.</span></div>
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