MPF busca impedir práticas que ameacem sobrevivência do pato-mergulhão do Jalapão

Por Redação AF
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03/05/2013 13h49 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size: 14px;">Durante reuni&atilde;o na Procuradoria da Rep&uacute;blica no Tocantins foram debatidas as possibilidades de prote&ccedil;&atilde;o para o habitat do pato-mergulh&atilde;o no rio Novo, na regi&atilde;o do Jalap&atilde;o. Realizado a convite do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal, o evento contou com participa&ccedil;&atilde;o de representantes do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal, Ibama/TO, Naturatins, Instituto Ecos do Cerrado, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Ag&ecirc;ncia de Desenvolvimento Tur&iacute;stico do Tocantins (Adtur) e Secretaria de Meio Ambiente do Munic&iacute;pio de Mateiros.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Representante do Ecos do Cerrado, Maris&ocirc;nia de Almeida fez uma s&iacute;ntese dos trabalhos desenvolvidos pelo instituto especificamente em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; esp&eacute;cie amea&ccedil;ada de extin&ccedil;&atilde;o. Hilton de Oliveira, do Naturatins, informou que existe uma portaria do &oacute;rg&atilde;o ambiental do estado proibindo a pr&aacute;tica de rafting no rio Novo, cuja c&oacute;pia foi apresentada. Somente uma empresa foi autorizada a promover atividades envolvendo o esporte no rio, ap&oacute;s um processo administrativo conduzido pelo Naturatins.<br /> <br /> Como encaminhamentos, o procurador da Rep&uacute;blica &Aacute;lvaro Manzano anunciou que requisitar&aacute; a c&oacute;pia do processo da empresa autorizada a promover o rafting no rio para an&aacute;lise da possibilidade de buscar, administrativa ou judicialmente, uma morat&oacute;ria de todas as atividades tur&iacute;sticas &agrave;s margens e dentro do rio Novo, na &aacute;rea definida como sendo o habitat do pato mergulh&atilde;o, por um per&iacute;odo de cinco anos. Ap&oacute;s este per&iacute;odo, devem ser realizadas novas pesquisas cient&iacute;ficas que definam com precis&atilde;o as atividades que podem ser desenvolvidas sem preju&iacute;zo da sobreviv&ecirc;ncia da esp&eacute;cie e de outras.<br /> <br /> <u><strong>Esp&eacute;cie &eacute; amea&ccedil;ada de extin&ccedil;&atilde;o</strong></u><br /> <br /> O pato-mergulh&atilde;o Mergus octosetaceus &eacute; uma esp&eacute;cie pisc&iacute;vora (alimenta-se de pequenos peixes, principalmente piabas) que ocorre em baixa densidade populacional e habita somente rios de &aacute;guas l&iacute;mpidas, com corredeiras e envolvidos por matas ciliares. A esp&eacute;cie &eacute; monog&acirc;mica e uma das mais amea&ccedil;adas das Am&eacute;ricas, sendo classificada como criticamente em perigo de extin&ccedil;&atilde;o tanto na lista de esp&eacute;cies amea&ccedil;adas do Ibama quanto na lista vermelha da Uni&atilde;o Internacional para a Conserva&ccedil;&atilde;o da Natureza e dos Recursos Naturais &ndash; IUCN.<br /> <br /> Estima-se que existam em todo o planeta menos de 250 indiv&iacute;duos. &Eacute; encontrada no Brasil em Minas Gerais, Goi&aacute;s e Tocantins. No Paraguai e Argentina, avistamentos de indiv&iacute;duos isolados se deram em 1984 e 2002 respectivamente. Acredita-se que a esp&eacute;cie esteja extinta no Paraguai e quase extinta na Argentina, como tamb&eacute;m est&aacute; extinta em alguns estados brasileiros (Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, S&atilde;o Paulo e Santa Catarina). Em levantamentos anteriores realizados na Bahia e no Paran&aacute; a esp&eacute;cie n&atilde;o foi mais detectada nestes estados.<br /> <br /> Quanto &agrave; situa&ccedil;&atilde;o de extrema amea&ccedil;a em que se encontra a esp&eacute;cie, poucas a&ccedil;&otilde;es conservacionistas t&ecirc;m sido tomadas para proteg&ecirc;-la. Pouco se sabe da sua biologia e ecologia, o que torna urgente o desenvolvimento de a&ccedil;&otilde;es que visem a sua prote&ccedil;&atilde;o. (Fonte: Naturatins)</span></div>
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