Empresários e servidores

PF apura fraudes e desvios de mais de R$ 15 milhões com aluguel de carros na Prefeitura de Palmas

Agentes cumprem 8 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão.

Por Redação 2.729
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21/07/2020 07h52 - Atualizado há 3 anos
Operação é realizada pela PF e CGU

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (21), a Operação Carta Marcada com o objetivo desarticular um complexo esquema criminoso montado por agentes políticos, funcionários públicos e empresários para o direcionamento de licitações e desvio de recursos federais através de contratos de locação de veículos firmados por diversas secretarias municipais da Prefeitura de Palmas.

8 PRISÕES TEMPORÁRIAS

Aproximadamente 130 policiais federais cumprem 35 mandados judicias, sendo 8 de prisão temporária e 27 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas expedidas pela 4ª Vara Federal do Tocantins.

As ações estão sendo realizadas nos estados do Tocantins, Pará, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal. A operação é realizada em conjunto com a Controladoria Geral da União.

ALVOS

A reportagem apurou que os agentes cumpriram mandados em secretarias municipais, na concessionária Marca Motors, na casa do ex-prefeito Otoniel Andrade, de Porto Nacional, e também do ex-prefeito Carlos Amastha, de Palmas. Os contratos teriam sido firmados ainda na gestão dele.

DESVIOS DE MAIS DE R$ 15 MILHÕES

Segundo a PF, o inquérito policial apura o conluio entre empresários e servidores públicos para fraudar licitações e desviar recursos públicos destinados a contratação de veículos para atender a prefeitura de Palmas, além de outros crimes conexos, bem como a conduta daqueles que visam o aproveitamento das vantagens ilícitas. A organização criminosa, composta por três núcleos distintos, é suspeita de ter se apropriado de mais de R$ 15 milhões através dos contratos investigados.

CONTRATOS SUPERFATURADOS

Durante as investigações, policiais federais e auditores da Controladoria Geral da União revelaram diversos elementos que apontam para a montagem de procedimentos para direcionar contratos superfaturados. Também foram identificadas transações financeiras suspeitas e inconsistências quanto a capacidade operacional para cumprimento dos contratos.

Com as ações desta terça, a Polícia Federal busca obter novas provas, coibir a continuidade das supostas ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, bem como identificar e recuperar ativos frutos dos desvios.

A PF ainda informou que os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades pelos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

PF e CGU na concessionária Marca Motors
PF na casa do ex-prefeito Otoniel Andrade, de Porto Nacional
Técnicos da CGU analisam documentos

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