Operação

PF mira pessoas que emprestam contas para receber dinheiro de golpes e fraudes no Tocantins

Foram cumpridos mandados em residências nas cidades de Paraíso e Porto Nacional.

Por Redação 837
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30/05/2023 10h08 - Atualizado há 11 meses
PF cumpriu mandados em duas cidades do Tocantins

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (30/5), a operação 'Não Seja um Laranja 2', com apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), visando desarticular esquemas criminosos voltados para a prática de fraudes em contas bancárias mantidas em diversos bancos do país. A operação contou ainda com o apoio da Interpol por meio do Centro de Crimes Financeiros e Anticorrupção (IFCACC-Interpol).

Policiais Federais e Civis cumprem 51 mandados de busca e apreensão em 17 estados e no Distrito Federal. Os alvos são pessoas que cederam contas pessoais para receber recursos oriundos de golpes e fraudes contra clientes bancários.

Nos últimos anos, a Polícia Federal detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais 'emprestam' suas contas bancárias, mediante pagamento. Tais pessoas são conhecidas popularmente como 'laranjas'. Este lucro fácil, com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas contra inúmeros cidadãos.

No Tocantins, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão nos municípios de Paraíso do Tocantins e Porto Nacional.

A operação faz parte do Projeto Tentáculos, que tem como um dos principais pilares um Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e a Febraban, vigente desde outubro de 2017, que se consolidou como referência interna e internacional de cooperação público-privada no combate às fraudes bancárias eletrônicas.

A Polícia Federal alerta:

Emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, que tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros a milhares de brasileiros.

As penas podem chegar a oito anos de prisão, mais multas, e ainda serem agravadas se os crimes forem praticados com o uso de servidor mantido fora do Brasil, ou ainda se a vítima for uma pessoa idosa ou vulnerável.

Essa é mais uma operação de caráter nacional que visa coibir essa criminalidade, a exemplo da ação realizada em agosto de 2022, que teve 43 mandados de busca executados em 13 Estados e no Distrito Federal.

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