A filha do policial militar tinha sido assaltada na rua de sua residência momentos antes.
O policial militar aposentado João Carlos Martins foi denunciado à Justiça por ter atirado em Edsandro Celestino da Silva, causando debilidade permanente do seu braço esquerdo e outras lesões corporais. O crime ocorreu no dia 06 de novembro de 2017, em Araguaína.
De acordo com o inquérito policial que deu base à denúncia do Ministério Público Estadual, a filha do policial militar teria sido assaltada na rua de sua residência, e João Carlos saiu à procura dos assaltantes.
Durante a busca, o PM confundiu Edsandro com um dos autores do roubo por estar em moto de cor semelhante à utilizada pelos assaltantes.
João Carlos se aproximou de Edsandro com uma arma de fogo na mão e sem se identificar e ordenou que ele parasse o veículo. Acreditando ser um assalto, a vítima fugiu, mas foi baleada pelo PM e caiu em um restaurante próximo ao local.
Já baleado, o homem ainda foi questionado sobre o suposto assalto e revistado, assim como sua moto. Após esse momento, João Carlos fugiu do local.
Segundo o exame de corpo de delito, mesmo tendo sido socorrido com vida e submetido a intervenção médica, Edsandro teve debilidade funcional permanente no braço esquerdo.
O MPE solicitou que a vítima e mais quatro testemunhas sejam ouvidas e interrogadas, e que o policial militar seja condenado com base no artigo 129, § 1º, inciso III, do Código Penal Brasileiro, que prevê reclusão de um a cinco anos no caso de lesão corporal de natureza grave que cause debilidade permanente de membro, sentido ou função.