Polêmica

Professor da Unirg acusa prefeita de mentir sobre aposentadoria e apresenta vários documentos

Ele argumenta que ela não tinha tempo de contribuição nem era servidora efetiva.

Por Redação
Comentários (0)

08/08/2024 08h25 - Atualizado há 10 horas
Professor Paulo Izidio contesta informações apresentadas pela prefeita Josi Nunes sobre aposentadoria na Unirg

Notícias do Tocantins - A polêmica envolvendo a suposta fraude na aposentadoria da prefeita de Gurupi, Josi Nunes (UB), ganhou um novo capítulo depois que o presidente do Instituto de Previdência do Município (GurupiPrev) divulgou nota criticando a denúncia e defendendo a legalidade da concessão do benefício.

A candidata à reeleição se aposentou na condição de Professora Assistente II da Universidade de Gurupi (Unirg), após decisão da Justiça. A portaria foi publicada em 28/04/2023.

Porém, conforme o professor da instituição, Paulo Izidio da Silva Rezende, a concessão da aposentadoria ocorreu, sim, de forma irregular, e ele apresenta uma série de argumentos e documentos. Confira abaixo:

Josi Nunes é servidora efetiva da UNIRG?

Conforme o professor, a alegação de que Josi Nunes é servidora efetiva da UNIRG é uma mentira. Segundo ele, para verificar a veracidade dessa afirmação, é necessário que Josi Nunes apresente o edital do concurso pelo qual alegadamente ingressou, bem como o termo de posse e a colocação obtida no concurso. “Sem esses documentos, a alegação não passa de um engano”, afirma.

Tempo de serviço e aposentadoria

Josi Nunes afirmou ter 36 anos de serviço para se aposentar pela UNIRG, mas essa informação é falsa, de acordo com o professor. “A certidão de tempo de serviço da UNIRG refuta essa afirmação. A própria Josi Nunes se gaba de ter ocupado quatro mandatos como deputada estadual, um mandato como deputada federal, além dos períodos de afastamento para se candidatar. Somados, esses períodos totalizam 22 anos fora da UNIRG. Portanto, a alegação de que cumpriu o tempo necessário de serviço na UNIRG é insustentável”, argumenta o professor Paulo Izídio.

Segredo de justiça e transparência

Para o professor Paulo Izídio, que é também advogado, a decisão de colocar o processo em segredo de justiça levanta dúvidas. “Por que ocultar informações cruciais do público, dos servidores da prefeitura e da UNIRG? A falta de transparência alimenta especulações e desconfianças”.

     

Retroativos

A nota do GurupiPrev menciona que o pagamento de retroativos foi realizado como de "praxe". No entanto, para o professor, é inaceitável que questões tão sérias como a gestão de dinheiro público sejam tratadas com tal casualidade. “A prefeita Josi Nunes não apenas recebe mensalmente um valor significativo, mas também acumula esse salário com o de prefeita. Esse cálculo foi solicitado duas vezes no processo judicial, com a última solicitação ocorrendo em 07/06/2024”.

De acordo com o professor, o cálculo acima foi pedido duas vezes no processo judicial – sendo a última vez em 07\06\2024.

Segundo o professor, a primeira solicitação de retroativos indevidos foi feita com base em informações questionáveis. “É essencial que os responsáveis pela administração pública garantam o uso correto e transparente dos recursos públicos e que qualquer irregularidade seja devidamente investigada”, argumenta.

O primeiro pedido relativo aos retroativos:

Conclusão

Por fim, o professor Paulo Izídio afirma que a verdade sobre a aposentadoria de Josi Nunes e as alegações relacionadas devem ser esclarecidas com total transparência e integridade. “É necessário que todas as partes envolvidas apresentem provas concretas e que o processo seja conduzido com a seriedade que o dinheiro público merece. O povo de Gurupi e os servidores da UNIRG têm o direito de conhecer a verdade e exigir justiça”, finaliza.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.