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'Salário já é pouco e ainda ficar 3 meses sem receber', lamenta servidora contratada do HRA

São contratos emergenciais feitos pelo Estado para o período de pandemia.

Por Joselita Matos 1.043
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30/06/2021 08h55 - Atualizado há 2 anos
Profissionais de Enfermagem estão trabalhando sem receber no HRA

"O salário já é pouco e ainda passar 3 meses trabalhando sem receber, sem poder honrar com os compromissos, é muito difícil. Muitos colegas já estão passando necessidade". Este é o desabafo de profissionais que estão se dedicando para salvar vidas no Hospital Regional de Araguaína (HRA).

Segundo a denúncia feita ao portal AF Notícias pelos profissionais de enfermagem que foram contratados de forma temporária, a situação está complicada desde o início da pandemia.

Uma técnica de enfermagem que atua desde o ano passado relatou o drama vivido por muitos profissionais da saúde. “Desde o início do contrato, logo que começamos a trabalhar, passamos três meses para receber o primeiro salário, enquanto o primeiro contrato teve duração de apenas 5 meses. Depois tivemos um aditivo de mais 6 meses e a forma de pagamento continuou a mesma: só recebemos depois de 3 meses trabalhados", denunciou a profissional.

Ainda segundo a técnica, alguns contratos terminaram nos meses de abril, maio e junho de 2021, mas os profissionais continuaram trabalhando normalmente, pois o setor de Recursos Humanos do HRA teria informado que os contratos seriam aditivados, ou seja, prorrogados novamente. “Mas até essa data nunca fomos chamados para assinar os aditivos e estamos trabalhando sem receber salário e sem contrato assinado", relatou.

Para piorar a situação, os profissionais contratados não recebem os adicionais de insalubridade ou noturno, mesmo os que trabalham durante a noite, segundo a denúncia.

O QUE DIZ A SAÚDE?

O AF Notícias solicitou nota para a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para saber o motivo dos atrasos, bem como a previsão de pagamento. Veja a resposta:

"A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que os contratos dos profissionais de saúde, que trabalham nos setores de atendimento da Covid-19, são pactuados para o período de seis meses, podendo ser prorrogados por igual período, de acordo com a necessidade da administração pública, ou enquanto perdurar o período pandemia do novo Coronavírus.

Ressaltamos que atrasos acontecem, de forma pontual e que, as renovações dos contratos estão ocorrendo regularmente de acordo com cronograma estabelecido entre Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Secretaria Estadual de Administração (SECAD) e obedecem a rito próprio para inclusão em folha de pagamento."

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