<span style="font-size:14px;"><u>Arnaldo Filho</u><br /> Portal AF Notícias<br /> <br /> Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que os governos estaduais ampliaram, no ano passado, a proporção de funcionários comissionados ou temporários, em detrimento das posições ocupadas por servidores que passaram por concurso público.<br /> <br /> A tendência identificada pela pesquisa é de privilégio para as vagas nas quais os governantes podem contratar e demitir sem o crivo do concurso público. Como se sabe, nomear e demitir são prerrogativas que dão ainda mais poder aos governantes.<br /> <br /> <u><strong>Tocantins</strong></u><br /> <br /> Conforme a pesquisa, o Tocantins quase dobrou os cargos comissionados de 2012 para 2013, passando de 1.383 para 2.566, conforme dados informados pelo próprio Governo ao IBGE. O aumento representa 85,5%. O Estado fica entre os quatro que mais contrataram sem concurso no país, perdendo apenas para o Amapá (199,9% vagas a mais para cargos de confiança), Ceará (115,7%) e São Paulo (90,2%).<br /> <br /> <u><strong>Uso da máquina pública nas eleições 2014</strong></u><br /> <br /> Para o cientista político Carlos Melo, professor do Insper, "a conclusão óbvia é de que há um aumento no uso político da máquina pública por governadores”. Segundo o cientista, “cargo de confiança é naturalmente político. <em>"Independentemente de partidos, as máquinas estaduais estão mais aparelhadas, e, como vemos, isso tem peso crescente para os gastos públicos".</em><br /> <br /> Já para David Fleischer, professor de Ciências Políticas da Universidade de Brasília (UnB), “isso é o reflexo claro das eleições de outubro deste ano”. <em>“As contratações, em sua maioria, são para atender aliados políticos com o objetivo de reeleger o governador ou o seu sucessor”,</em> disse o professor.<br /> <br /> <u><strong>“O candidato”</strong></u><br /> <br /> Um dos pré-candidatos do governador Siqueira Campos é o seu próprio filho, Eduardo Siqueira (PTB), mas caso seu nome não tenha aceitabilidade como vem mostrando as pesquisas, o nome do deputado Sandoval Cardoso (SDD) já vem sendo testado para substituí-lo.</span>