Venda de CNHs

Vereador preso terá desconto no salário por faltar às sessões da Câmara de Araguaína

A pauta da sessão tinha uma moção de aplausos de autoria do vereador, mas não chegou a ser lida.

Por Márcia Costa 1.225
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17/09/2018 17h09 - Atualizado há 5 anos

Os vereadores de Araguaína não comentaram nada sobre a prisão do colega Gilmar Oliveira Costa, conhecido como Gilmar da Autoescola (PSC), durante a sessão desta segunda-feira (17) na Câmara Municipal, a primeira após a operação realizada na última quinta-feira (13).

Gilmar está preso temporariamente por suspeita de atuar em um esquema de compra e venda de carteiras de habilitação em Araguaína. Ele estava sendo investigado desde 2016.

A pauta da sessão tinha uma moção de aplausos de autoria do vereador Gilmar, mas não chegou a ser lida.

Ao AF Notícias, o presidente da Casa, José Ferreira Barros Filho, o Ferreirinha (MDB), afirmou que o parlamentar poderá faltar até um terço das sessões anuais sem resultar em perda do mandato, conforme o Regimento Interno.

"Pode faltar, mas ele terá seu ponto cortado. Com relação ao que vai acontecer, preciso aguardar uma decisão judicial para tomar as medidas cabíveis. É um caso atípico e não está relacionado ao parlamento. É algo envolvendo o empresário, a empresa dele", explicou.

Ferreirinha também afirmou que a Câmara ainda não recebeu nenhum esclarecimento do advogado do vereador ou notificação da justiça sobre o caso.

A PRISÃO

O vereador Gilmar da Autoescola foi preso durante uma operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), com o apoio da Polícia Civil, na última quinta-feira (13). Ele é acusado de fraudar carteiras de habilitação em Araguaína.

Outras sete pessoas também foram presas, sendo seis servidores da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Araguaína.

O delegado titular da DEIC Norte, José Anchieta, afirmou que o vereador era o líder do esquema criminoso. Segundo ele, o parlamentar era quem conseguia os clientes para comprar as carteiras de habilitação. O preço variava de R$ 3 mil a R$ 4 mil.

Para descobrir como funcionava o esquema, um agente infiltrado conseguiu comprar uma CNH sem realizar nenhuma aula ou prova, que são obrigatórios.

 

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