Frutas e verduras

Agricultura 'invisível' na zona urbana de Araguaína produz bastante comida de qualidade

Levantamento feito pelo Professor Doutor Dernival Ramos, do Colegiado de História da UFT.

Por Dernival Venâncio Ramos 1.547
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19/08/2020 09h39 - Atualizado há 3 anos
Morador Márcio Melo produz até uvas no próprio quintal

A zona urbana de Araguaína produz bastante comida de qualidade. São centenas de quilos de frutas, verduras e folhagens por mês.

Não estamos, contudo, falando das hortas artesanais, hidropônicas nem dessas plantações de feijão e mandioca que vez ou outra vemos no canteiro central ou no passeio público de bairros como o Araguaína Sul e o Noroeste.

Estamos falando do que é produzido nos quintais. É provável que centenas de famílias nos diversos bairros da cidade plantem, de diversas maneiras, frutas como manga, caju e goiaba, mamão e outras espécies alimentares como macaxeira, mandioca, abóbora, inhame, além de temperos, plantas medicinais e folhagens como alface, rúcula, cebolinha etc. Contemplam esses cenários plantas ornamentais como rosas e flores diversas e cerimoniais como Espada de São Jorge e Abre Caminho.

Conversamos com cinco pessoas que plantam e alimentam-se, desde muito tempo, com o produto de seus quintais.

Josiel Santos, morador da Vila Santiago, aproveitou a quarentena para plantar rúcula, cebola, tomate etc. O quintal produz também limão, coco, jabuticaba, romã e ata. “Minha maior alegria é ver minhas frutíferas produzindo. Foi eu mesmo que fiz as mudas"

Horta do morador Josiel Santos

Braz e Leide Monteiro, proprietários de uma chácara nos arredores da cidade, também incrementaram a produção durante a quarentena. Atualmente, dentro do quintal, produzem alface, rúcula, ata, banana, manga, cupuaçu, caju, abóbora, feijão, pimenta e outros temperos, além de plantas medicinais.

Eles também cultivam flores e outras plantas ornamentais.

Foto: Leide Monteiro

Flores ornamentais produzidas pelo casal na chácara | Foto: Leide Monteiro

Miriam Mendes e Márcio Melo, moradores do Jardim Paulista e Setor Martins, otimizaram o espaço disponível e produzem diversas frutas. No quintal de Márcio, ele produz uva, cacau, banana, cará, ata, goiaba roxa, flores, coco e outras.

Uva produzida pelo morador Márcio Melo

Miriam Mendes disse que começou a produzir no seu quintal porque sentiu a necessidade de se reconectar e se libertar da concepção que tudo deveria ser comprado. "Eu produzo macaxeira, mamão, ata, jabuticaba, limão, ora-pro-nóbis, batata doce, vários temperos, chás, pimentas e flores (inclusive comestíveis)”

Quem vê a quantidade de coisa produzida por Miriam pensa que ela tem um lote gigante. Mas não é assim, como mostra a foto abaixo. Ela transformou, de modo eficiente, um espaço de 2 por 12 metros, em uma roça altamente produtiva.

Produção da moradora Miriam Mendes

E em seu quintal? O que você produz?

Escreva para o agroecologia@uft.edu.br e conte-nos. Se quiser, fotografe as suas plantas e marque-nos no Instagram @neuza_comunidades

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Prof. Dr. Dernival Venâncio Ramos 

Colegiado de História 

Programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura e Território - PPGcult

Conselho Gestor Neuza-UFT/ Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saberes e Práticas Agroecológicas

Universidade Federal do Tocantins | Campus de Araguaína

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