Família cobra justiça

Investigação sobre morte de médico em Araguaína é reaberta após 15 anos sem solução

Uma das filhas do médico procurou a Corregedoria da Polícia Civil do Tocantins.

Por Márcia Costa | AF 6.465
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01/10/2020 17h25 - Atualizado há 3 anos
Médico era proprietário de uma Clínica em Araguaína

O assassinato do médico pioneiro em Araguaína, Francisco Barbosa de Brito, completou 15 anos nesta quinta-feira (1º/10) e continua sem solução. O radiologista foi morto a tiros em plena luz do dia no ano de 2005.

Francisco Brito estava em frente à sua antiga clínica quando foi surpreendido por dois homens. Os suspeitos estavam numa motocicleta e efetuaram disparos à queima-roupa. Ninguém foi preso desde então e a família da vítima vem lutando por justiça.

Em julho deste ano, uma das filhas do médico procurou a Corregedoria da Polícia Civil do Tocantins para questionar sobre a paralisação total das investigações no período de fevereiro de 2006 a 2011 e cobrar a reabertura do caso.

Em resposta, as investigações foram reabertas e agora estão no comando do delegado Guilherme Torres, chefe da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa de Araguaína (2ª DHPP).

A família cobra explicações sobre o suposto desaparecimento e arquivamento de provas do crime, bem como o motivo de a investigação ter sido interrompida.

"Em quatro meses de investigação, estava correndo tudo bem, testemunhas sendo ouvidas, mas depois foi tudo interrompido. A família quer resposta. Queremos que a Polícia Civil dê uma resposta sobre o motivo da não solução do caso, já que o inquérito é muito claro sobre o mandante do crime”, disse a filha, que pediu para não ser identificada.

Com a retomada das investigações, a família espera que o caso seja solucionado e a polícia encontre os autores do assassinato.

“Espero que seja solucionado, precisamos que a população relembre o caso. A polícia nunca deu uma satisfação para a família e não sabemos o que aconteceu”, lamentou a filha do médico.

O médico Francisco Barbosa de Brito nasceu em Minas Gerais e mudou-se para Araguaína em 1976, onde morou por mais de 30 anos. Ele deixou esposa e 5 filhas.

A Unidade Básica de Saúde da Vila Aliança leva o nome do médico em homenagem ao seu pioneirismo na cidade.

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O QUE DIZ A CORREGEDORIA

A Corregedoria-Geral da Segurança Pública disse, em nota, que instaurou procedimento para apurar o caso (Sindicânca Investigativa nº 009/2020) logo após tomar conhecimento dos fatos noticiados.

Conforme a Corregedoria, as medidas de averiguação estão em curso no âmbito disciplinar. Quanto ao inquérito policial, este igualmente encontra-se em andamento com o prosseguimento das investigações.

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