No norte do estado

Povo Apinajé ocupa polo base de saúde em Tocantinópolis para cobrar melhorias no atendimento

Só vão desocupar o local após conversar com coordenador do DSEI.

Por Redação
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12/05/2022 15h22 - Atualizado há 1 ano
Mais de 200 indígenas ocuparam polo base de saúde em Tocantinópolis.

Mais de 200 indígenas do povo apinajé ocuparam o Polo Base de Saúde Indígena (PBI) de Tocantinópolis. A manifestação teve início na tarde desta quarta-feira (11/05) e reivindica melhorias no atendimento de saúde prestado às aldeias. O protesto do dia anterior caminhou pelas ruas da cidade e passou pela Coordenação Técnica Local (CTL) da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em Tocantinópolis.

O presidente da Associação União das aldeias Apinajé - Pempxà e colaborador do Instituto Indígena do Tocantins (INDTINS), Emilío Dias Apinajé, afirma que os indígenas só sairão do PBI após conversarem com Sebastião De Gois Barros, o coordenado do Distrito Indígena de Saúde do Tocantins (DSEI-TO). 

Nós do Povo Apinajé não vamos sair, nós queremos a presença dele aqui, nós queremos conversar com ele”, garante Emílio Dias.

De acordo com Antônio Apinajé, também membro da Associação Pempxà, uma  servidora do PBI recebeu Ofício com reivindicações da comunidade e informou que amanhã os integrantes do DSEI-TO, do Conselho Indígena de Saúde (CONDISI) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) estarão em Tocantinópolis para ouvir os caciques.

Antônio Apinajé explicou que o motivo do protesto é contra o descaso, sucateamento e abandono da atenção à saúde indígena da população Apinajé. O ativista listou os problemas enfrentados.

Nas aldeias a situação é crítica com falta de medicamentos, viaturas para transporte de pacientes, demora para realizar consultas e exames. Existe um possível surto de tuberculose na aldeia Prata que vem preocupando as comunidades Apinajé”, detalhou.

Emílio Dias afirmou que a morte de Elias Salvador Apinajé, que faleceu com um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e estava internado com suspeita de tuberculose, foi decorrente da demora no atendimento de saúde e realização de exames médicos. O líder indígena afirma que a falta de saúde para seu povo já fez muitas mortes nas aldeias.

O INDTINS está realizando uma campanha de arrecadação de recursos para ajudar a manter a ocupação do Povo Apinajé, para colaborar com a campanha basta enviar um pix para 6399929-9374, conta do líder indígena Alan Dias da Silva Apinajé.

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