Operação 'Reis do Gado'

Novas provas podem levar à cassação de Marcelo Miranda no caso dos R$ 500 mil apreendidos em avião

Por Redação AF
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02/12/2016 15h44 - Atualizado há 5 anos
As investigações da Polícia Federal na Operação Reis do Gado podem trazer novos contornos à ação que pede a cassação do governador Marcelo Miranda (PMDB) e da vice, Cláudia Lelis (PV), acusados de caixa 2 na campanha eleitoral de 2014 e abuso de poder econômico. O recurso está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aguardando julgamento. A ação é relativa ao caso do avião apreendido em Piracanjuba, Goiás, com R$ 500 mil e material da campanha do peemedebista. Segundo a Procuradoria Eleitoral do Tocantins, Marcelo Miranda arrecadou para a campanha a governador em 2014 recursos no valor de R$ 1,5 milhão via caixa 2. Contudo, por 3 votos a 2, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgou improcedente a representação do Ministério Público (MPE) em agosto. Segundo o relator do caso, juiz José Ribamar Mendes Júnior, não ficou provado que os recursos apurados na investigação foram direcionados para a campanha de Marcelo Miranda. Provas da Operação Reis do Gado Já as investigações da Polícia Federal revelaram que o novo "laranja" da Família Miranda, Alex Câmara, é sócio de Marcos Antônio Jaime Roriz, um dos presos no avião que transportava os R$ 500 mil que seriam supostamente utilizados na campanha do então candidato a governador. O delator do esquema Alexandre Flaury contou à PF que Alex Câmara assumiu seu lugar nas atividades operacionais da Família Miranda, inclusive no transporte de dinheiro vivo. De acordo com a Polícia Federal, foram identificadas diversas ligações entre ele e Brito Miranda, Brito Júnior e outros interlocutores do esquema, marcando reuniões no Edifício JK, e tratando de assuntos da Administração do Estado do Tocantins. A Polícia Federal identificou também que Alex Câmara teve relevante atuação na campanha política de 2008. “Chama a atenção também a ligação [de Alex Câmara] como sócio de Marcos Roriz, preso durante a campanha eleitoral de 2014, em avião que transportava 500 mil e material da campanha do então candidato Marcelo Miranda”, diz a decisão do ministro do STJ, Mauro Campbell Marques. O avião em que foi apreendido o dinheiro encontrava-se à disposição da campanha eleitoral do PMDB, já que a locadora aparece na prestação de contas do comitê financeiro do partido. Outro detalhe também chama a atenção. As despesas do hotel em Goiânia do grupo preso com dinheiro foram pagas pelo irmão de Marcelo Miranda, José Edmar Brito Miranda Júnior, conforme comprovam boleto de cartão de crédito e imagens de câmera de segurança do hotel. Júnior Miranda é o homem mais importante de todo o esquema investigado pela Polícia Federal na Operação Reis do Gado. Já a perícia realizada nos aparelhos celulares utilizados pelos quatro presos em Piracanjuba revelou a existência de intensa troca de mensagens entre Marco Roriz e Júnior Miranda. Há mensagens em que Marco Roriz conversa com Júnior Miranda relatando já terem acertado com Douglas Marcelo Schimidt o horário de se encontrarem no dia da operação. O STJ já autorizou que a Polícia Federal intime Marcos Roriz para prestar depoimento. Veja mais sobre... http://afnoticias.com.br/irmao-de-marcelo-miranda-segue-atuante-para-manter-esquema-de-fraudes-revelam-interceptacoes-da-pf/

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